ATA DA SEPTUAGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 29-8-2007.
Aos vinte e nove dias do mês de agosto do ano de
dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi
realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Alceu
Brasinha, Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João
Antonio Dib, João Carlos Nedel, Marcelo Danéris, Márcio Bins Ely, Margarete
Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti e Newton Braga
Rosa. Constatada
a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Adeli
Sell, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal,
Elói Guimarães, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Maria Luiza, Mario Fraga, Nereu
D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia
Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pela Mesa Diretora, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 190/07 (Processo nº 6535/07) e o Projeto de Resolução nº 076/07
(Processo nº 6536/07); pelo Vereador Adeli Sell, os Projetos de Resolução nos 072 e 075/07 (Processos nos 5735 e 6001/07,
respectivamente) e os Pedidos de Providência nos 3523 a 3529/07; pelo Vereador Aldacir
Oliboni, o Projeto de Lei do Legislativo nº 178/07 (Processo nº 5860/07); pelo
Vereador Bernardino Vendruscolo, os Pedidos de Providência nos 3531 a 3534 e 3541/07; pelo
Vereador Carlos Todeschini, os Pedidos de Providência nos 3517 e 3518/07; pelo
Vereador Claudio Sebenelo, o Pedido de Providência nº 3542/07; pelo Vereador
Elias Vidal, o Pedido de Providência 3519/07; pela Vereadora Margarete Moraes,
os Pedidos de Providência nos 3559 e 3560/07; pela Vereadora Maria Luiza, os Pedidos de Providência nos 3424 a 3516, 3535 a 3540,
3543 a 3558, 3561 a 3582/07; pelo Vereador Mario Fraga, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 175/07 (Processo nº 5605/07) e o Pedido de Providência nº
3530/07; pelo Vereador Sebastião Melo, os Pedidos de Providência nos 3520 a 3522/07; pela
Vereadora Sofia Cavedon, o Pedido de Informação nº 140/07 (Processo nº
6537/07). Na ocasião, foram apregoados os Memorandos nos 275, 277 e 278/07, firmados
pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre,
por meio dos quais Sua Excelência informa as Representações Externas, respectivamente:
da Vereadora Neuza Canabarro, ontem, na cerimônia de entrega do Prêmio “O Futuro
da Terra 2007”, às dezenove horas, no Auditório da Federação da Agricultura do
Estado do Rio Grande do Sul – FARSUL –, no Parque de Exposições Assis Brasil,
em Esteio; do Vereador Carlos Todeschini, hoje, na abertura do Seminário
“Biocombustíveis, Mercados e Matérias-Primas”, às quatorze horas, na Casa RBS,
no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio; do Vereador Adeli Sell, hoje,
na reunião-almoço “Tá na Mesa”, às doze horas e quinze minutos, na Federação
das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul – FEDERASUL –, em
Porto Alegre; Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria da Vereadora Neuza
Canabarro, solicitando Licença para Tratamento de Saúde nos dias vinte e dois e
vinte e três de agosto do corrente. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos
496, 2620, 9286, 12760 e 14295/07, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da
Saúde. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram
aprovadas as Atas da Qüinquagésima Nona, Sexagésima, Sexagésima Primeira,
Sexagésima Segunda, Sexagésima Terceira, Sexagésima Quarta e Sexagésima Quinta
Sessões Ordinárias e da Décima Oitava e Décima Nona Sessões Solenes. A seguir,
a Senhora Presidenta registrou as presenças das Senhoras Simone Lewis Carvalho,
representando a Secretaria de Estado da Cultura, e Silvana Conti, Presidenta do
Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, convidando-as a integrarem a Mesa
dos trabalhos e concedendo a palavra, em TRIBUNA POPULAR, à Senhora Silvana
Conti, que discorreu sobre o transcurso, hoje, do Dia da Visibilidade Lésbica,
informando que esta data rememora a realização do I Seminário Nacional de
Lésbicas, ocorrido no mês de agosto de mil novecentos e noventa e seis, no Rio
de Janeiro. Da mesma forma, manifestou-se favoravelmente à reinstalação, neste
Legislativo, da Frente Parlamentar pela Livre Opção Sexual, destacando a importância
da definição de políticas públicas voltadas à luta contra a discriminação sexual.
Em continuidade, a Senhora Presidente convidou as Senhoras Eunice Flores, Presidenta
do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher; Beatriz Poggeti Piccoli, Coordenadora
do Centro de Referência da Mulher; Melissa Schmidt Maestre, da Coordenadoria
Estadual da Mulher; e Cora Chiapetta, Coordenadora da União Brasileira de
Mulheres – Seção Rio Grande do Sul –, a integrarem a Mesa dos trabalhos. Na
ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Haroldo de Souza,
Margarete Moraes, Claudio Sebenelo, Maristela Maffei, José Ismael Heinen e
Maria Luiza manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna
Popular. Em prosseguimento, o Vereador Dr. Goulart manifestou-se, informando
decisão do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, de suspender
cautelar vigente e permitir a recontratação dos profissionais que atuavam junto
ao Programa de Saúde da Família de Porto Alegre. Em PAUTA ESPECIAL, Discussão
Preliminar, estiveram, em 3ª Sessão, os Projeto de Lei do Executivo nos 016 e 017/07, discutidos
pelos Vereadores Marcelo Danéris, Adeli Sell, Guilherme Barbosa, João Antonio
Dib, Carlos Comassetto e Márcio Bins Ely. Na oportunidade, a Senhora Presidenta
registrou a presença, neste Plenário, de moradores de bairros da Região 10 do
Orçamento Participativo, em especial membros das instituições que compõem o
Conselho Popular da União das Vilas da Grande Cruzeiro, que comparecem a esta
Casa para acompanhar a apreciação do Projeto de Lei do Legislativo 221/06, de
autoria do Vereador Ervino Besson, referente à oficialização da Semana
Municipal da Região Cruzeiro. Ainda, foi apregoado o Memorando nº 279/07,
firmado pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto
Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa que a Vereadora Neuza Canabarro
esteve em Representação Externa desta Casa, hoje, na solenidade de entrega do
Prêmio “Gerdau Melhores da Terra”, às onze horas e trinta minutos, na Gerdau Riograndense,
em Sapucaia do Sul – RS. Na ocasião, a Vereadora Neuza Canabarro entregou à Senhora
Presidenta brinde recebido quando de sua participação, em Representação Externa
deste Legislativo, na solenidade de entrega do Prêmio “Gerdau Melhores da
Terra”. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de
Lei do Legislativo nos 237/06, 007 e 152/07; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 126, 151, 164, 166, 167,
170 e 172/07; em 3ª Sessão, o Projeto de Lei do Executivo nº 015/07. Na
ocasião, a Senhora Presidenta informou ter havido consenso entre os Senhores
Vereadores, com a finalidade de que fossem considerados discutidos os Projetos
constantes no período de Pauta da presente Sessão, tendo se manifestado a respeito
o Vereador João Antonio Dib. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Alceu
Brasinha, replicando cobranças feitas por políticos que se opõem aos Governos
do Município e do Estado, reportou-se às obras de ampliação da Avenida Baltazar
de Oliveira Garcia, parabenizando a Governadora Yeda Crusius pela decisão de
retomar os trabalhos dessa via pública. Ainda, manifestou-se sobre o Projeto de
Lei de autoria do Vereador Claudio Sebenelo, em tramitação nesta Casa, que
disciplina a venda de bebidas alcoólicas. Na oportunidade, a Senhora Presidenta
registrou o transcurso, ontem, do aniversário do Vereador José Ismael Heinen,
procedendo à entrega, em nome da Mesa Diretora, de um cartão de felicitações a
Sua Excelência. Também, o Vereador Marcelo Danéris manifestou-se a respeito da
possibilidade de encaminhamento, pelo Governo Municipal, de Mensagem
Retificativa ao Projeto de Lei do Executivo nº 016/07. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
o Vereador João Antonio Dib considerou uma lição de civilidade o comportamento
dos funcionários da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul que
acompanharam a votação, ontem, na Assembléia Legislativa, de veto relativo a
projeto de reajuste salarial dessa categoria. Também, comentou atitudes
assumidas pelo público presente nesta Câmara Municipal, durante a Sexagésima
Sexta Sessão Ordinária, quando do comparecimento do Secretário Municipal da
Saúde. O Vereador Haroldo de Souza, citando o nascimento de trigêmeos no
Município de Viamão – RS –, enfocou a importância da implantação de programas
direcionados ao planejamento familiar. Ainda, questionou decisão da Secretaria
Estadual da Segurança Pública, de limitar a presença da Brigada Militar em
eventos promovidos pela iniciativa privada, e cumprimentou o Governo Estadual
pela retomada das obras de ampliação da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia. O
Vereador José Ismael Heinen teceu considerações a respeito do déficit
habitacional no Brasil, defendendo o sistema cooperativista para a ampliação de
moradias às classes menos favorecidas da população. Nesse sentido, criticou a
alta taxa de juros cobrada pelos financiamentos para a casa própria e chamou a
atenção para problemas decorrentes do aumento do prazo para pagamento desses
empréstimos, ressaltando a importância da posse de uma moradia para que as
pessoas possam ter mais dignidade. O Vereador Adeli Sell criticou a manutenção,
na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, de veto da Senhora Governadora
do Estado à proposição que pretendia aumentar os vencimentos de Defensores
Públicos. Ainda, contestou concorrências públicas realizadas pelo Governo
Municipal nas áreas de saúde e de transporte e circulação. Finalizando,
classificou como inadequados os Projetos de Lei do Executivo que tratam das
Diretrizes Orçamentárias e do Plano Plurianual. O Vereador Luiz Braz,
retorquindo críticas do Vereador Adeli Sell aos Governos Municipal e Estadual,
atribuiu problemas no pagamento de salários do funcionalismo aos limites
impostos pela legislação e a problemas financeiros que, segundo Sua Excelência,
são oriundos dos governos do Partido dos Trabalhadores. Também, asseverou que o
mandato da Senhora Yeda Crusius no Governo do Estado tem se caracterizado pela
busca do saneamento das contas públicas. A Vereadora Neuza Canabarro referiu-se
a problemas estruturais existentes na Escola Municipal de Ensino Fundamental
Nossa Senhora do Carmo, desaprovando a maneira como ela foi projetada e
construída, no ano de dois mil e dois. Nesse sentido, recordando as realizações
de Sua Excelência, quando na Secretaria Municipal de Educação, afirmou que o
Governo Municipal poderia já ter recuperado o prédio dessa Escola ou construído
um novo. O Vereador Elias Vidal comentou a manifestação de protesto,
feita pelo sobrinho de Sua Excelência, Elias Vidal Sobrinho, durante as
comemorações de encerramento do 35º Festival de Cinema de Gramado, ocasião em
que foi reivindicada a criação de um local público, conhecido como “calçada da
fama”, que teria o nome de Hortências de Ouro, destinado a homenagear os
artistas mais importantes da televisão, teatro e cinema nacionais. A Vereadora
Maristela Maffei analisou dados referentes ao Projeto Portais da Cidade,
divulgadas na página da internet da Prefeitura Municipal, referentes aos
horários dos ônibus e número de passageiros programados para esse sistema.
Sobre o tema, comparou as condições de funcionamento de programa semelhante implantado
na cidade de Curitiba, quanto a investimentos nas obras, números de paradas e
extensão dos trechos percorridos pelos ônibus. A seguir, constatada a
existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento
verbal, formulado pela Vereadora Maria Celeste, solicitando alteração na ordem
de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, nos termos estabelecidos em
reunião da Mesa Diretora com o Colégio de Líderes, tendo se manifestado sobre
esse Requerimento o Vereador João Antonio Dib. Em Discussão Geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 221/06, por vinte e oito votos
SIM, após ser discutido pelos Vereadores Ervino Besson, Carlos Comassetto, José
Ismael Heinen, João Antonio Dib, Dr. Goulart, Mario Fraga e Márcio Bins Ely e
encaminhado à votação pela Vereadora Maristela Maffei e pelos Vereadores Adeli
Sell, Professor Garcia, João Antonio Dib e Dr. Raul, em votação nominal
solicitada pelo Vereador Ervino Besson, tendo votado os Vereadores Alceu
Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Comassetto, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino
Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, José Ismael Heinen, Marcelo Danéris, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes,
Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro,
Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia
Cavedon. Em continuidade, a Senhora Presidenta convidou todos para a Audiência
Pública para debater o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de
Porto Alegre, a ser realizada às nove horas e trinta minutos do dia primeiro de
setembro, no Centro de Saúde da Vila dos Comerciários. Em Discussão Geral, 3ª
Sessão, esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 008/05, o qual teve sua
discussão adiada por duas Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria do
Vereador João Antonio Dib. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto
de Resolução nº 058/07, com ressalva das Emendas a ele apostas, por vinte e
nove votos SIM, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores João Carlos
Nedel, Margarete Moraes, Maristela Maffei, Sebastião Melo, Alceu Brasinha,
Márcio Bins Ely, Clênia Maranhão e José Ismael Heinen, em votação nominal
solicitada pelo Vereador João Carlos Nedel, tendo votado os Vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme
Barbosa, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Marcelo Danéris, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Luiza, Mario Fraga,
Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Newton
Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon.
Após, por solicitação do Vereador João Antonio Dib, foi realizada a leitura da
Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Resolução nº 058/07. Em seguida, foi
rejeitada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Resolução nº 058/07, por seis
votos SIM e vinte e três votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador
João Carlos Nedel, tendo votado Sim os Vereadores Dr. Raul, João Antonio Dib,
João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz e Newton Braga Rosa e Não os
Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Ervino
Besson, Guilherme Barbosa, Marcelo Danéris, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes,
Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Nereu
D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia
Cavedon. Na ocasião, em face de Questão de Ordem formulada pelo Vereador
Claudio Sebenelo, a Senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca da
votação da Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Resolução nº 058/07. Foram aprovadas
as Emendas nos 02, 03 e 04, apostas ao Projeto de Resolução nº
058/07. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 035/07, por vinte e sete votos SIM, tendo votado os Vereadores
Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Ervino
Besson, Guilherme Barbosa, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga,
Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Newton
Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e
Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 095/07, por
vinte e quatro votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu
Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio
Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme
Barbosa, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela
Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa e Nilo Santos. Em
Votação, foi aprovado o Requerimento nº 101/07. Em prosseguimento, foi votada a
prorrogação dos trabalhos da presente Sessão, a qual obteve dois votos SIM, em
votação nominal solicitada pelo Vereador Adeli Sell, tendo votado o Vereador
Márcio Bins Ely e a Vereadora Maria Celeste, votação esta declarada nula pela
Senhora Presidenta, em face da inexistência de quórum deliberativo. Às dezoito
horas e cinqüenta e um minutos, constatada a inexistência de quórum
deliberativo, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando
os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os
trabalhos foram presididos pelas Vereadoras Maria Celeste e Maristela
Meneghetti e secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha e João Carlos Nedel.
Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente
Ata que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Passamos à
A Srª Silvana
Conti, Presidenta do Comdim, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, está
com a palavra, para tratar de assunto relativo ao dia 29 de agosto, Dia da
Visibilidade Lésbica. Convidamos a fazer parte da Mesa a Srª Simone Lewis
Carvalho, representante da Secretaria da Cultura do Estado.
A SRA. SILVANA CONTI: Boa-tarde a todas e a todos aqui presentes, quero saudar a Presidenta
da Câmara, Verª Maria Celeste; e, assim, saúdo a outra companheira da Mesa.
Quero fazer uma saudação especial também, neste momento, à Associação Santa
Anita, que está aqui nesta tarde, com muitas crianças e adolescentes e, com
certeza, vou fazer minha fala, mas também colocando as nossas questões do dia
29 de agosto, para que as crianças e os adolescentes conheçam um pouco mais da
nossa história, da nossa luta e das nossas bandeiras.
Eu quero iniciar
colocando o porquê do dia 29 de agosto: em 1996, no Rio de Janeiro, ocorreu o
1º Seminário Nacional de Lésbicas. Até esse período, nós, do segmento de
lésbicas, estávamos reunidas com o movimento LBGT, que significa Grupo de Gays, Travestis, Transexuais; e em 1996
nós conseguimos nos organizar. Então esse seminário ocorreu em período próximo
do dia 29 de agosto.
É importante
salientar que a nossa bandeira de luta, o nosso Dia da Visibilidade demarca um
dia em que muitas mulheres estavam lutando por direitos. Não é um dia festivo
e, sim, um dia que nós estamos em todos os espaços, em nível nacional, buscando
direitos, e acreditamos, buscando direitos humanos.
Eu quero colocar
algumas questões que estão na nossa Constituição Federal, que consideramos
importantes que sejam trazidas a esta Casa, porque todas as pessoas que se
dizem a favor dos direitos humanos conhecem a Constituição Brasileira. E todas
as pessoas que se dizem a favor dos direitos humanos não podem ou não deveriam
ter lesbofobia ou homofobia. Lesbofobia significa ter aversão a mulheres que
amam e fazem sexo com mulheres. Então, as pessoas que são a favor dos direitos
humanos deveriam também ter respeito, minimamente respeito, pela orientação
sexual do ser humano, independente de ser homem ou mulher.
Então, vou colocar
aqui rapidamente algumas questões da Constituição Brasileira para que possamos
continuar esta fala. O art. 1º diz: “A República Federativa do Brasil, formada
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: ... III –
a dignidade da pessoa humana. Art. 3º - Constituem objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil: ... IV – promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação. [E, por fim] o art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros, estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I – homens e
mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.”
Na verdade, se nós fomos
seguir ao pé da letra o que coloca a nossa Carta Maior, enquanto Constituição,
todas as pessoas, independentes de cor, de sexo e de orientação sexual,
deveriam ter o mesmo tratamento na sociedade e, na verdade, isso não ocorre ou
ocorre em número muito reduzido. Por quê? Porque ainda aqui na Cidade de Porto
Alegre muitas mulheres lésbicas, muitos gays, muitos travestis, muitos
transsexuais têm tratamento diferenciado e isso ocorre também em espaços
públicos.
Nós temos na nossa
Lei Orgânica, aqui de Porto Alegre, o art. 150 que diz que os estabelecimentos
públicos podem sofrer cassações, podem ser fechados se neles houver atitudes
com relação a qualquer tipo de preconceito com relação à orientação sexual. Só
que em nenhum momento, ainda, essa questão da Lei Orgânica foi tratada de uma
maneira séria. Nós ocupamos muitos espaços públicos e, em nenhum local público,
aqui em Porto Alegre, está colocada essa questão da legislação.
Nós queremos colocar
aqui para esta Casa e, também, buscar apoio para que, em todos os espaços
públicos desta Cidade esteja colocado um cartaz, com referência ao art. 150 da
LOM, da mesma forma que estão colocados em todos os espaços cartazes dizendo
que é proibido fumar. A questão do fumo é muito prejudicial à saúde, mas a
questão da lesbofobia e da homofobia é uma questão de violência, é uma questão
de ir contra os princípios dos direitos humanos. Então, esta é uma colocação
muito importante que trazemos aqui, hoje, para que possamos refletir e para que
possamos transformá-la em ações concretas. E que nesta Casa, que se diz do
povo, todo o povo possa estar aqui representado. E o povo, com certeza, tem
muitas e muitas diversidades: são pessoas negras, brancas, são pessoas
heterossexuais, são pessoas homossexuais, são lésbicas, enfim.
Nós consideramos
importante, também, colocar o que é que nós, enquanto movimento social estamos
buscando. Eu represento a Liga Brasileira de Lésbicas, que é uma organização
que está estruturada na maioria das regiões do Brasil, só no Norte que ainda
estamos buscando uma representação. Nós temos uma organização que luta contra
vários tipos de opressão; a nossa luta não é específica com relação à questão
da lesbianidade; nós lutamos contra qualquer tipo de opressão, lutamos pela
igualdade, lutamos contra o racismo, lutamos, também, com as bandeiras
feministas, lutamos pela descriminalização e pela legalização do aborto. Então,
nós somos mulheres lésbicas que militamos no movimento de mulheres.
Somos parceiras do
Movimento LGBT, dos gays e travestis, mas consideramos que junto com
todas as mulheres vamos ter mais possibilidade de transformar a sociedade que
temos, que é uma sociedade que se pauta pela heteronormatividade. O que é que
significa isso? Que as pessoas heterossexuais são as consideradas normais e todas
as outras que fogem desse padrão são anormais.
E nós estamos aqui
pautando e reafirmando que isto é uma inverdade, já me reportando, também, à
Constituição Federal. Se todas as pessoas têm direitos, então, todas as pessoas
podem e devem exercer esses direitos.
E eu quero colocar,
também, algumas questões, como educadora, pois eu estou vendo a nossa platéia e eu fico
muito feliz de estarem, aqui, neste momento, crianças e adolescentes; porque,
nessa questão da formação, nessa questão de tratamento diferenciado desde a
infância, lá na Educação Infantil, muitas educadoras ainda têm, como
pressuposto, que meninos e meninas devem ser tratados de uma forma diferente,
ou seja, que meninos brincam só de carrinhos, que só meninos jogam futebol, que
só os meninos podem ser livres, podem correr. E acreditamos, como feministas
que somos, que, desde a Educação Infantil, as crianças, os meninos e as meninas
têm que ter o mesmo tratamento e as mesmas oportunidades. Os meninos podem
chorar, sim, as meninas podem jogar futebol, sim, e a gente quer que as pessoas
possam ter o direito de ter liberdade, de ter felicidade e fazer aquilo que
desejam, independente do que a sociedade coloca.
Eu quero colocar, também, que, para nós, a
realização da 1ª Marcha Lésbica aqui de Porto Alegre é uma conquista, porque o
Movimento vem crescendo, nós estamos nos organizando desde 2003, e, neste
momento, acreditamos que a sociedade daqui, que a nossa Capital está pronta
para receber essa Marcha. Algumas pessoas ainda têm, no seu senso comum, que,
quando as lésbicas se reúnem, elas vão fazer festa. Isso também é uma
inverdade. Nós estamos construindo essa Marcha, iniciamos no dia de ontem, com
um sarau, em que vários artistas de Porto Alegre, as parceiras do Movimento
Negro estavam lá conosco, discutindo as nossas questões e também ouvindo
música, num momento cultural. E, hoje, aqui, nesta Casa, é importante salientar
que nós estamos buscando a reinstalação da Frente Parlamentar pela Livre
Orientação Sexual. Ela já existe, mas ela não existe concretamente. Algumas
Vereadoras e Vereadores aderiram a essa Frente, mas nós estamos preparadas,
agora, para pautar essa Frente. Nós queremos construir propostas para que,
efetivamente, a questão da orientação sexual seja tratada de uma maneira ampla,
de uma maneira séria e de uma maneira em que todas as pessoas de Porto Alegre
compreendam o que isso significa. Muitas pessoas ainda têm discriminação e
preconceito com relação à orientação sexual por falta de informação - eu
considero que seja por isso. No discurso, muitas vezes, a gente diz que os
direitos humanos são para todas as pessoas, mas, na prática, as pessoas ainda
ficam com o preconceito ou agem de uma maneira propositiva, discriminando as
pessoas que têm orientação sexual diferente.
Então, eu quero, neste dia, 29 de agosto, saudar
as pessoas que estão aqui neste momento, principalmente as crianças e os
adolescentes, e que enxerguem essa questão da orientação sexual, realmente,
como um direito. E as pessoas que fazem este movimento, nós, da Liga Brasileira
de Lésbicas, buscamos o respeito da sociedade; nós não queremos que a sociedade
nos tolere, porque tolerância, na minha concepção, é uma palavra um pouco
hipócrita. A gente quer respeito, para que a gente possa exercer a nossa
orientação sexual de uma maneira livre, da mesma forma que as outras pessoas
exercem aqui na nossa sociedade.
Por fim, então, eu quero convidar todos e todas
para participar das nossas programações. Hoje à noite, aqui na Câmara, faremos
um Seminário, que vai tratar de lesbianidades, feminismos e igualdade racial.
Uma das grandes conquistas que nós tivemos na 2ª
Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres foi a aproximação com os
movimentos feministas em nível nacional, nos aproximamos muito do Movimento das
Mulheres Negras, nos aproximamos de várias redes, da Rede Feminista de Saúde,
da UBM, da Articulação de Mulheres Brasileiras. Enfim, nós queremos construir
essa outra sociedade, em que as pessoas tenham direitos e oportunidades iguais,
junto com o movimento de mulheres e com toda a sociedade.
Eu quero agradecer por esse espaço e quero
saudar todos os Vereadores e Vereadoras que estão aderindo à nossa Frente
Parlamentar. Acho que é importante a gente colocar quem são os Vereadores e
Vereadoras que até agora aderiram à nossa Frente: Maria Celeste, Maristela
Maffei, Neuza Canabarro, Sofia Cavedon, Margarete Moraes, Guilherme Barbosa,
Professor Garcia, Clênia Maranhão, Claudio Sebenelo e Carlos Comassetto. A
gente espera que os outros Vereadores e Vereadoras venham aderir à Frente.
Somos parceiras aqui em Porto Alegre do Conselho
Municipal dos Direitos da Mulher. É extremamente importante e estratégico para
nós, do Movimento de Lésbicas, estar presidindo esse Conselho. Nós estamos
fazendo políticas públicas para a nossa Cidade, vendo a nossa especificidade,
mas, sem dúvida, tratando das mulheres de Porto Alegre.
Então, eu quero agradecer a todos e a todas e
agradeço, especialmente, pelo apoio da Presidenta desta Casa. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Convidamos a
fazer parte da Mesa a Srª Silvana Conti, Presidenta do Conselho Municipal da
Mulher; a Srª Eunice Flores, Presidenta do Conselho Estadual dos Direitos da
Mulher, muito bem-vinda à Casa; a Srª Melissa Maestre, representante da
Coordenadoria Estadual da Mulher; a Srª Beatriz Poggeti Piccoli, Coordenadora
do Centro de Referência da Mulher; a Srª Cora Chiappetta, que representa a
União Brasileira das Mulheres do Estado do Rio Grande do Sul, muito bem-vinda;
também gostaria de saudar todas as outras mulheres dos movimentos de mulheres
que estão conosco nesta tarde, muito obrigada pela presença.
O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Presidenta
Maria Celeste; minha querida Silvana Conti, Presidenta do Conselho Municipal
dos Direitos da Mulher; em especial meu beijo e meu carinho à amiga Eunice
Flores, seja bem-vinda aqui.
No Dia da Visibilidade Lésbica nenhuma
discriminação, nenhuma aversão ao fato de duas mulheres fazerem sexo – nada
contra, também, dois homens! Por que não? O que vale, no meu entendimento, é
que a lésbica não perde a sua natureza de carinho, de amor profundo, de pessoa
muito mais sensível do que nós, homens, em todos os sentidos.
No tempo da minha tataravó talvez esse assunto
não pudesse ser abordado sem que os narizes ficassem torcidos. Mas estamos em
pleno século XXI e devemos, sim, fazer o exercício do nosso direito de ser
felizes! E não importa o que nós devamos fazer para ser felizes; a felicidade
deve ser buscada de qualquer maneira. Quem não sonha não tem direito à própria
vida, e sonhar com a felicidade, brigar pela felicidade, independentemente em
que campo seja, é muito importante para o ser humano. Há igualdade para todos,
quer na religião, quer no sexo, quer na cor da pele.
Cumprimentos vocês, mulheres lésbicas, para que
vocês continuem com essa batalha, e, por favor, incluam o meu nome também nesta
Frente Parlamentar, para que nós possamos juntos trabalhar e buscar aquilo que
é o objetivo: estimular a mudança da cultura dos órgãos públicos que prestam
atendimento às mulheres, reconhecendo situações discriminatórias e elaborando
políticas que combatam esta discriminação, que é nojenta; qualquer
discriminação é nojenta, independente do sentido que ela tenha. Parabéns, em
nome dos Vereadores do PMDB – Dr. Raul, Ver. Bernardino e Ver. Sebastião Melo.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
Hoje Porto Alegre também tem esse momento de
esclarecimento, de reflexão, como muito bem colocou a Silvana. Hoje existe um
movimento autônomo das mulheres lésbicas, que cada qual se organiza conforme as
suas nuances. Inclusive tem um grupo GLBT que se chama “Nuances - preservando
todas as cores do arco-íris”. Portanto, em nome da Bancada do meu Partido -
Partido dos Trabalhadores - aqui, presentes: Ver. Adeli, o nosso Líder; o Ver.
Marcelo Danéris, o Ver. Guilherme Barbosa, a Verª Maria Celeste, nossa querida
Presidenta -, eu falo com muita honra e quero parabenizá-las por esse trabalho,
pela marcha, por toda a programação, que avançou muito, que se aperfeiçoou, se
qualificou. Que as mulheres lésbicas tenham cada vez mais visibilidade, sejam
respeitadas na nossa Cidade e no mundo todo! Falo também em nome do Vereador,
querido companheiro, Carlos Comassetto. Obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Claudio
Sebenelo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª Presidenta,
ilustre Mesa - eu queria cumprimentar a Silvana, especialmente a Dra
Beatriz, que nos dá o prazer da sua presença aqui hoje. Quero dizer que não há
violência maior do que o preconceito, e, mais do que o preconceito, a
hipocrisia do ser humano em relação às suas posturas e, especialmente, como
disse maravilhosamente o Ver. Haroldo de Souza, a questão da luta pela
felicidade, não só a felicidade individual, mas uma felicidade social, que faça
com que, pelo menos, pela letra da nossa Constituição quanto às questões de
raça, cor, credo e opção sexual, as pessoas sejam absolutamente livres. Essa
liberdade tem sido, talvez, uma das maiores metas da mulher brasileira e dos
homens brasileiros, especialmente na ultrapassagem de óbices brutais, de
mazelas sociais incríveis, que fazem com que nós vejamos, especialmente na
homossexualidade masculina, a incidência alta de homicídios e a agressividade
das pessoas, quando se trata apenas de uma escolha sexual! O ser humano é
agressivo, e essa agressão pode ser muito bem canalizada. Mas, quando pensamos
que, desde a 2ª Guerra Mundial, de 1945 para cá, já houve 20 hecatombes e
genocídios no mundo - e recentemente tivemos um país atacando o outro e víamos
como uma novela na televisão, todas as noites, o massacre das pessoas -,
pensemos no sofrimento, nesses que precisam ainda, além de tudo, ultrapassar os
preconceitos para terem cumpridos os seus direitos mais comezinhos, mais
individuais. Por isso, eu acho que hoje quem ganha com esse trabalho, com esse
movimento é indiscutivelmente a sociedade brasileira. Uma vantagem muito
grande, talvez a maior de todas, é que pelo menos esse movimento é um libelo
contra a violência, e não há violência maior do que a discriminação. Não há
tragédia maior para um país do que, como o nosso, ter que carregar nas costas
as seqüelas dos inúmeros preconceitos que ainda existem, e de forma ainda
intensa, na nossa sociedade. Meus parabéns, Silvana. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada, Ver.
Sebenelo.
A Verª Maristela Maffei está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Prezada
Presidenta Maria Celeste, prezada Silvana, camarada, mãe, avó, lésbica. Eu digo
o seguinte: quero cumprimentar dessa forma todas as mulheres que estão aqui na Mesa,
porque nós, mulheres, que fomos consideradas bruxas, más, e somos bruxas que
transcendem, é que estamos sempre em constante transformação na busca da
felicidade.
Foi dito aqui que esta Casa, que é a Casa do
Povo e que representa parte significativa dessa sociedade, hoje tem um momento
ímpar em fazer com que essa Mesa fosse a mesa das nossas bruxas todas que
transcendem e que estão em constante transformação; que fazem festa, sim, mas
que também fazem luta. Porque essa parte da sociedade que transcende exatamente
a hipocrisia na busca do direito e do prazer é, sim, a plenitude de uma
sociedade civilizada. Só nisso nós hoje já podemos, e com tudo isso, nos sentir
muito orgulhosas como mulheres, como lutadoras pelos direitos de igualdade para todos. Nós temos isso, ainda bem, e é por isso que
estamos aqui fazendo também esta homenagem, neste dia, para todas nós.
Parabéns. (Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Obrigada, Verª Maristela.
O Ver. José Ismael
Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOSÉ ISMAEL
HEINEN: Exma Srª Presidenta desta Casa, Verª
Maria Celeste; cumprimento a Srª Silvana Conti, Presidenta do Conselho
Municipal dos Direitos da Mulher, e, em nome dela, cumprimento as demais
senhoras que compõem a Mesa. Em nome do Democratas, quero trazer a nossa
solidariedade, principalmente somos contrários – e acredito que isto já está
sendo superado – a toda e qualquer discriminação, principalmente num País
plural que quer ser livre, quer ser democrático, nós temos, por obrigação e
direito, que respeitar a convicção de todos os nossos irmãos, seja quem for, e
também as manias que tenham cada um deles nas suas convicções.
Podem contar com o
nosso apoio e a nossa consideração. Sucesso nessa caminhada que, ao iniciar, já
considero vitoriosa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): A Verª Maria Luiza está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. MARIA LUIZA: Boa-tarde, ao cumprimentar a nossa Presidenta, cumprimento a Silvana,
representando o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher; cumprimento a Eunice
Flores e todas as mulheres que compõem a Mesa. Falo em nome da Bancada do
Partido Trabalhista Brasileiro e quero parabenizar o Movimento, a atuação do
Conselho Municipal, e dizer que é extremamente importante a atividade
desenvolvida hoje e trazida para pauta nesta Casa. Nós somos totalmente
contrários a qualquer forma de violência, de discriminação e de preconceito.
Não poderia deixar de
falar aqui que a família, sim, tem o seu papel principal na discussão também
deste tema, de poder, com isso, orientar, explicar, e não deixar dúvidas,
porque, no momento em que entram na adolescência, até antes do período da
adolescência, as crianças hoje perguntam, questionam, e aí vem o papel
fundamental que tem a família de estar esclarecendo, informando, e sem uma
forma preconceituosa para que essas pessoas possam, a partir do momento que
fizeram suas opções, conviver com essa situação, que é a opção da sua
sexualidade e que possam, sim, ser respeitadas. Então, eu chamo a atenção aqui
para o papel principal que tem a família em fazer essa discussão e essa
orientação dentro de seus lares. Muito obrigada. Parabéns.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada, Verª
Maria Luiza.
Não há mais nenhuma Bancada inscrita para fazer
a sua manifestação, portanto damos por encerrado este momento, com a presença
da Srª Silvana Conti, Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher,
que veio tratar nesta tribuna, no dia de hoje, do Dia da Visibilidade Lésbica,
mas também queremos abrir a possibilidade de construir, Vereadores e Vereadoras
desta Casa, revitalizar, ressurgir a Frente Parlamentar pela Livre Orientação
Sexual, ato que acontecerá nesta Casa, às 19 horas, do dia de hoje.
Muito obrigada pela participação de todas as
senhoras que estão aqui compondo esta Mesa, de todas as representações, do
Conselho Estadual da Mulher, da representante da Secretaria de Cultura, da Coordenadoria
da Mulher do Estado, Centro de Defesa e, obviamente, do Conselho Municipal dos
Direitos da Mulher. Muito obrigada, e uma boa luta para todas nós.
O SR. DR. GOULART: Um assunto
importante para o nosso Plenário: neste momento, o Tribunal de Contas acaba de
levantar Cautelar sobre a necessidade urgente da recontratação do PSF pelo seu
valor social. Neste momento, nosso Gabinete acaba de informar, eu acho que o
Plenário precisa ser avisado, V. Exª Também. Obrigado.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada, Ver.
Dr. Goulart, pela informação da questão pertinente aos PSFs da cidade de Porto
Alegre.
Em votação as Atas das Sessões – já disponíveis
nas pastas públicas do correio eletrônico – 18ª e 19ª Sessões Solenes, das
Sessões Ordinárias de nos 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.
Passamos à
(06 oradores/10 minutos/com aparte)
3ª SESSÃO
PROC. Nº 6192/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
016/07, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias
para 2008 e dá outras providências.
PROC. Nº 6195/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
017/07, que altera a Lei nº 9.814, de 29 de agosto de
2005, alterada pela Lei nº 10.064, de 10 de outubro de 2006, que dispõe sobre o
Plano Plurianual 2006-2009 e dá outras providências.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Sr. Marcelo
Danéris está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. MARCELO DANÉRIS: Srª Presidente,
Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que
nos acompanha, aqui, e público que nos acompanha em casa, retomamos, então, o
debate da LDO e do Plurianual. Eu gostaria de iniciar, Vereadora-Presidente
Maria Celeste, fazendo um alerta à Casa, à Câmara, Ver. Dib, em relação à LDO,
porque o Governo Municipal anunciou que tem um novo cálculo atuarial e mostrou
isso ontem, inclusive, e o cálculo atuarial que nós temos hoje na LDO não vale
mais. Esse é o antigo cálculo atuarial da questão da Previdência, Ver. Luiz
Braz. Portanto eu quero fazer um pedido à Presidência da Câmara de Vereadores:
que peça ao Governo Municipal que mande uma mensagem retificadora, porque a
LDO, a que nós estamos debatendo, está com o cálculo atuarial antigo ao que
está sendo anunciado pela Prefeitura Municipal, portanto, prejudica,
consideravelmente, o Projeto que está em debate aqui na Câmara de Vereadores.
Eu quero retomar, aqui, o debate sobre a LDO e o
Plano Plurianual, porque há temas muitos importantes em torno dele. Sempre
registrando, para a população que nos acompanha aqui e para a população que nos
acompanha em casa, que o Plano Plurianual é um Plano aprovado no primeiro ano
de um Governo. Por quê? Porque ali estão as linhas gerais do que este Governo
pretende fazer durante a sua Gestão. A pergunta que fica, que certamente a
população se faz, é: por que o Plano Plurianual está em debate dois anos e oito
meses depois de ter iniciada a Governança Fogaça? Bom, nem nós sabemos; ou
sabemos. Este Governo, na verdade, não tinha um projeto para a cidade de Porto
Alegre. O que apresentou, de fato, não era um programa acabado de quem tinha
uma visão de Cidade e de quem tinha um projeto para governar a Cidade. Isso
demonstra a sua incapacidade de pensar e de projetar a Cidade.
A Liderança do Governo, aqui na Câmara, disse
que o Plano Plurianual tinha apenas alguns ajustes e modificações. Eu já
mostrei, da outra vez, mas sempre é importante repetir, que esses “alguns
ajustes e algumas modificações” são um conjunto de 200 páginas, com alterações
de metas no Plano Plurianual, para 2008 e 2009. Este aqui, que deveria ser o
Projeto já aprovado no primeiro ano, é a alteração do Projeto dois anos e oito
meses depois de já estarem Governando. Nós poderíamos pensar que, se o
Plurianual tem modificações e alteração de metas, as alterações de metas, quem
sabe, seriam para melhorar, Ver. Dib, a situação das diversas áreas em Porto
Alegre. E aí o mais interessante é que nós vamos lá para as Alterações de Metas
do Plurianual, no Programa Receita é Saúde - eu já tinha mostrado, aqui, na
Prestação de Contas da Governança Fogaça, não é uma prestação de contas feita por nós, é feita pela Governança Fogaça -, dizendo que tinha, em
2004, 74 equipes; e, em 2006, chegariam a 86. Ou seja, hoje, é o ano de 2007, e
são 82 equipes o Programa Saúde da Família, o conhecido PSF, portanto, não
mudou nada, Ver. Goulart. No Anuário Estatístico - também eu acho que esta
folha aqui é capaz de não aparecer na televisão (Mostra folha.), porque ela é
toda branca -, produzido pelo Governo, mostra que são 82 equipes, quando em
2004 tinham 84 equipes do Programa Saúde da Família. Aí, Ver. Guilherme
Barbosa, eu vou lendo aqui na Alteração de Metas do Plano Plurianual, no que se
refere à Saúde, Ver. Dib, e penso: quem sabe alteraram as metas para melhor?
Mas não é isso. A proposta de alteração do Plano Plurianual, trazida aqui pela
Governança Fogaça, reduz a Meta do Programa Saúde da Família, a Meta de 2007,
que já é uma piada comparada ao que está hoje. Hoje nós temos 82 equipes do
Programa Saúde da Família, na Cidade; a meta para este ano era de 165 equipes.
Mas é óbvio que não vão cumprir. Aí, o que fazem? Reduziram a meta, para 2008,
para 130 equipes do Programa Saúde da Família. As “boas notícias” da Governança
Fogaça em relação ao Plurianual não param por aí. Porque os leitos hospitalares
que tinham como meta, em 2007 - 11 novos leitos - foram reduzidos para dez;
reduziram um dos miseráveis que já tinham colocado. A meta para proporcionar
atendimento à população mais carente em unidades, atendendo toda a população, é
zero. Zero! Está escrito no Plano Plurianual. A meta para o tratamento
especializado e atendimento à criança e ao adolescente não alterou, mesmo
diante da crise e da quantidade de crianças e adolescentes em situação de rua
na cidade de Porto Alegre. A meta para recursos ao Conselho Municipal de Saúde
fiscalizar as ações de Saúde é zero. Não vou dizer que sou intransigente e
achei aqui que na atenção à Anemia Falciforme, nos PSFs, a meta aumenta de 100
para 150, mas, para DS-AIDS, a meta é zero quando antes era cem; as Farmácias
Distritais, que poucos conhecem, não foram alteradas. E assim vai; não param as
boas notícias trazidas - entre aspas, é óbvio! -, através do Programa
Plurianual e as Alterações de Metas que a Governança Fogaça traz.
Então, vamos entender
um pouquinho: este Plano já deveria estar dirigindo a cidade de Porto Alegre
desde o primeiro dia, mas dois anos e oito meses depois ele é alterado em mais
de 200 páginas. Se fosse alterado para melhorar a vida do cidadão e da cidadã
de Porto Alegre, tanto melhor, Ver. Adeli, mas não. Vamos olhar a Alteração de
Metas do Plano Plurianual, e estas reduzem as metas de atendimento à população.
Pois, além de não ter projeto para a Cidade, ainda demonstra, com isso, que vão
reduzir o pouco que já estão fazendo, ou quase nada, como preferem alguns.
A pergunta que fica
para a população é a seguinte: afinal de contas, o que fez a Governança Fogaça?
Qual é a marca desta Gestão, qual é o símbolo que tem trazido para a Cidade
esta Gestão da Governança Fogaça? É difícil de dizer, e sei da dificuldade que
tem a base do Governo em tentar defender este Governo aqui na Câmara de Porto
Alegre.
Último dado, mais
importante e grave – mantendo a situação da Saúde em debate, Ver. Dib, em
relação à LDO e ao Plano Plurianual -, é que analisando o Orçamento previsto
para este ano, vamos encontrar 16 milhões de reais previstos em investimentos
para a Saúde, além do dinheiro de custeio, além dos milhões e milhões que se
gastam para manter as condições da Saúde. São 16 milhões previstos para
investir na Saúde de Porto Alegre. Quanto foi investido até hoje, agosto?
Novecentos e noventa e três mil reais, dos 16 milhões previstos. E a nossa
tristeza ao perceber que estavam previstos sete milhões de reais para gastos em
publicidade, e já foram gastos – até agosto deste ano -, 14 milhões e 100 mil
reais em publicidade.
Agora a pergunta que a população e a oposição
querem fazer aqui é a seguinte: o que é prioridade, afinal, para este Governo,
que gasta, até agosto deste ano, 14 milhões de reais em publicidade e apenas
900 mil reais em Saúde quando a Saúde vive a crise que vive? E acompanhamos o
drama do Programa Saúde da Família com uma trapalhada, que não é nem
Governança, é uma lambança que se faz na Saúde e, apesar de estar lá o
Vice-Prefeito, que é um médico, não teve a sensibilidade e a
capacidade político-administrativa de conduzir a Saúde para uma situação melhor
qualificada na cidade de Porto Alegre. Infelizmente, nós vimos isso, é muito
dinheiro para propaganda e pouquíssimo dinheiro para ação e projetos na área da
Saúde. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Obrigada, Ver. Marcelo Danéris.
Quero saudar a comunidade da Grande Cruzeiro que está conosco; da Associação Santa
Anita; da Creche Mato Grosso; do SASE Mato Grosso. Por gentileza, se tiver
outra instituição, que passe o nome para ser saudada. São todos muito
bem-vindos ao nosso plenário. Muito obrigada.
O Ver. Adeli Sell
está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. ADELI SELL: Verª Maria Celeste, colegas Vereadoras, Vereadores, comunidade da Grande
Cruzeiro que acompanha esta Sessão, nós estamos pasmos com o que recebemos do
Governo Municipal. Eu tenho aqui o que se chama Programas Finalísticos, Revisão
do Plurianual 2008. De fato, o Ver. Danéris tem razão. Isso aqui é uma
verdadeira lambança - para quem não sabe o que significa lambança, é uma grande
esculhambação. Eu estou falando com toda sinceridade e grifado, porque, se o
Governo acha que aqui há 36 Vereadores que não são atentos, está muito
enganado, porque a minha Bancada de nove Vereadores da oposição está muito
antenada. Que não me venham com conversa furada, porque nós estamos mais do que
atentos. Vejam, senhoras e senhores, a grande Secretaria Municipal do
Transporte, conhecida Secretaria por não fazer nada a não ser fazer bobagens! E
eu denunciei, na quinta-feira, aqui, a questão das faixas de segurança, pois a
Justiça disse que eu tenho razão. E a licitação foi travada. A Cidade acessível
fala que o índice de cumprimento de viagem de ônibus em Porto Alegre tem um
percentual de 94,83% e tem um índice desejado de 95%. Grande proposta. Nós
estamos tendo ônibus quebrados, ônibus com problemas, sem fiscalização, e
querem aumentar 0,17%. Esse é um objetivo de um Governo incrivelmente ousado! É
uma ousadia, sim, impressionante! Ora, eu achava que o Governo queria chegar a
100% de viagens com começo, meio e fim. Não, mas o Governo se contenta com 95%,
quer aumentar 0,17%. É uma coisa impressionante. Bilhetagem eletrônica! Nós
estamos em 2007, e o que quer o Governo Municipal? É um grande planejamento,
afinal de contas o sujeito que dirige essa Secretaria é um doutor formado em
Londres. Olhem, eu fico imaginando como as coisas acontecem naquela Secretaria.
Percentual de viagens. Não consigo entender: 800, em 2006; 800, em 2007; 2008,
30; 2009, 30. Alguém pode me explicar esses números chutados?
Educação para o trânsito. Olhem só, eu coloquei
na Lei Orçamentária uma Emenda de R$ 50.000,00. Onde está a educação para o
trânsito? A meta é atingir 25 mil pessoas em 2006; 30 mil pessoas em 2007; 35
mil pessoas em 2008; 35 mil pessoas em 2009, numa Cidade que tem 1 milhão e 450
mil habitantes! Isso deve ser o pessoal que assistiu a um programa de televisão
no Dia do Pedestre, quando fizeram uma encenação – encenação! - de educação
para o trânsito. É, deve ser isso, porque o resto eu não vi. Isso é uma
verdadeira falcatrua.
Parceria pública e privada. Em 2007, uma PPP.
Qual delas? O camelódromo. Mas não queriam os Portais para 2008? Pois está a
zero. Ver. Guilherme Barbosa, será que eles abandonaram a idéia dos Portais?
Seria bom, não é? Nós não vamos ter nenhuma PPP em 2008, nenhuma PPP em 2009,
está no Plurianual. Então, se no ano que vem quiserem fazer uma, eu vou entrar
na Justiça porque estão mentindo, porque o Plurianual disse que não ia ter
nenhuma. Não, eu sou atento... Eu leio e sublinho.
Mas vamos mais longe (Lê.): “Qualificação de
infra-estrutura de corredores, estações e terminais de transporte público.
Quantidade de estações de terminais qualificados: 10 em 2006; 10 em 2007; 20 em
2008”. E em 2009 não vão fazer nada. Mas em 2009 vai ser outro Prefeito, não
vão estar mais no governo. Então, claro que não vão fazer nada. É óbvio! Devem
ser aquelas estações que eu vejo ali na Perimetral totalmente depredadas e
nenhuma feita. Eles se contentam em fazer 10 estações de transbordo num ano. É
uma coisa impressionante para alguém que é formado... não é na Sorbonne, é
formado em Londres. “Qualificação das paradas de ônibus: nenhuma em 2006,
nenhuma em 2007”. É por isso que o povo está pegando chuva, porque não há
paradas de ônibus. O Governo reconhece aqui no PPA, Ver. João Antonio Dib,
“nenhuma em 2007.”
“Quilômetros de ciclovia executados sobre
quilômetros de ciclovia planejados: 10 quilômetros em 2007.” Alguém pode me
dizer que vai pegar a bicicleta e vai procurar se há 10 quilômetros de ciclovia
feitos neste ano, em Porto Alegre? Podiam me informar onde tem essa ciclovia?
Isto aqui tudo é chute! Porque quando a gente diz que é ficção, a gente está
fazendo um elogio. Eu sou formado em Literatura e gosto de ficção. É coisa boa
ler uma obra de arte. Agora, aqui, não. Isto aqui é uma empulhação!
“Ampliação, restauração e manutenção de parques
esportivos: nenhum em 2008, nenhum em 2009.” Uma das poucas Secretarias que faz
é a Secretaria do Ver. João Bosco Vaz, mas parece que vão cortar o dinheiro
dele no ano que vem. Deve ser isso, não há outra explicação.
“Pontos de iluminação pública.” Ver. Guilherme
Barbosa, veja só: “74 mil pontos de luz em 2008; 73 mil em 2007.” A Cidade
estaria mais bem iluminada. Não fizeram isso. Em 2006 foram 40 mil e 500. Só se
compraram e colocaram lâmpadas queimadas, mas em funcionamento... Desculpem-me! Eu li tudo, Brasinha. Ver. Brasinha, com todo o
respeito, eu sou um sujeito que trabalha. “Prédios administrativos adequados,
seguros”. O que foi feito para existirem 25 prédios administrativos seguros em
2007? O que foi feito? Onde estão esses prédios? Será que a Prefeitura tem 25
prédios administrativos adequados e seguros? Está na página 50, deste título
maravilhoso: “Programas Finalísticos”. “Elaboração do Projeto 4.º Distrito”
Projeto do 4.º Distrito?! “Trinta por cento em 2007, 50% em 2008 e 40% em
2009”. Vamos somar: 30 mais 50 somam 80, mais 40, 120. Olhem só! Olhem só o
cálculo da Prefeitura de Porto Alegre: eles vão fazer 20% a mais do que o
total. Primeiro, não há Projeto do 4.º Distrito, é mentira! É falcatrua! É
lambança! É esculhambação! Isso que a Prefeitura está trazendo para nós é uma
vergonha! Nós somos homens sérios, somos pagos para trabalhar e não para
analisar esse tipo de lambança! “Elaboração do Projeto da Orla do Guaíba;
percentual: 50% em 2007; 50% em 2008”. Os moradores de rua tomando conta dos
parques, da orla, do Harmonia! Que Projeto é esse? Agora, sim, Ver. Brasinha, a
piada do dia: “Melhoria nos sanitários públicos de Porto Alegre. Número de
sanitários reformados: 35 em 2006; 35 em 2007”. Onde estão eles? Eu não os
encontro.
Eu vou terminar por
aqui porque amanhã tem mais, e é só o começo. E eu estou começando a ficar
irritado, e, quando começo a ficar irritado, eu falo alto para todo o mundo
ouvir: esta Prefeitura está apresentando um monte de lambança, uma profunda
falcatrua! Eu não aceito isso! Isso é inaceitável para nós, da oposição, porque
nós vamos adiante com esse negócio. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Quero registrar a presença das
lideranças, em nosso Plenário, da Grande Cruzeiro, da Associação Mato Grosso,
Sr. Davi Pradie; da Associação Santa Anita, a Srª Dominga Barcer; da Amavtron,
Sr. Paulo Jorge; da USP, ONG da Tronco Neves, Srª Sandra Benitz; da
Orfanotrófio 2, a Srª Cristiane Lima; da Casa de Nazaré, Srª Jurema Silveira, e
da Secretaria de Governança Local, Srª Carmem Santos. A todas as lideranças da
Grande Cruzeiro que estão conosco nesta Sessão no dia de hoje gostaria de
agradecer pela presença.
A Verª Maristela
Maffei está com a palavra para discutir a Pauta Especial. (Pausa.) Ver. Ervino,
por favor me traga o livro de inscrições, já que a Verª Maristela Maffei está
passando o seu período...
O Ver. Guilherme
Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. GUILHERME
BARBOSA: Boa-tarde Verª Maria Celeste, nossa Presidenta; colegas
Vereadoras e Vereadores, demais pessoas que nos acompanham, principalmente essa
“estudantada”, realmente é uma discussão importante este período em que temos
dez minutos para discutir a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2008 e também
a modificação do Plano Plurianual. Esse é um Projeto muito extenso, já foi dito
aqui, com mais de 200 páginas, e, portanto, nós temos condições, Ver. Brasinha,
de estudá-lo e analisá-lo por partes, vagarosamente. Eu ainda não tinha tido a
oportunidade de fazer essa análise, mas, no dia de hoje, iniciei, de fato, o
estudo. E, na seqüência do que nós encontramos nesse documento, a gente vai
aqui analisando os assuntos, os temas ligados às atividades da Prefeitura em
nossa Cidade. O primeiro tema que está em debate, há meses em Porto Alegre, e
que aparece nas primeiras páginas do documento, página 11, diz respeito
exatamente ao Programa de Saúde da Família já abordado aqui várias vezes pelos
colegas. A situação que eu imagino agora, e faço a avaliação das atitudes
tomadas pela Administração Fogaça nesse item, é que a Administração provocou o
cancelamento do convênio. Fez de propósito, tomou a iniciativa, de propósito,
para o cancelamento do convênio com a FAURGS.
Ora, a Administração
atual tinha o direito de achar que o convênio não estava adequado, que tinham
algumas irregularidades administrativas - tinha dois caminhos a fazer, e levou
31 meses para tomar uma atitude equivocada: ou podia fazer um aditamento àquele
convênio, Ver. João Antonio Dib, ou podia cancelar o convênio, desde o seu
início da atual Administração. Depois de 31 meses, criou a seguinte situação:
inicialmente, discordou, em determinado mês, que não devia pagar a taxa de
administração - levou muitos meses assim -, mas, no último período, resolveu
não pagar, inclusive, a mensalidade, aproximadamente dois milhões de reais. Não
repassou, Ver. Brasinha, dois meses, para a FAURGS, dois milhões de reais em
cada mês. A FAURGS cumpriu a sua obrigação, pagou o salário dos funcionários,
mas, não recebendo a taxa de administração, passou a não receber a mensalidade.
Disse, então, que dessa forma não tinha mais saída. Na seqüência, nós vimos o
que aconteceu, e é um assunto recorrente, não está resolvido. Ontem, muita
gente entregou a chave dos postos, não está renovando o contrato. Então, está
uma grande confusão criada pela atual Administração. E aqui, na previsão, o que
é que percebemos? Foi colocado que, em 2006 – isso está na pág. 11, eu não
estou inventando número nenhum, está escrito aqui – a meta seria ter 48 equipes.
Imaginem, equipes novas que não chegaram a ter esse número. Em 2007, ano que
nós estamos, seriam mais 165 equipes. Ver. Claudio Sebenelo, V. Exª que é
médico, não sei se está com o documento na mão, eu não entendo se é o total ou
seriam mais 165. Se for o total, não confere com 2006, pois, em 2006, só
aparecem 48 e já existiam 53. Então, por 2006, nós imaginamos que são mais 48
equipes. Não chegou a tanto, cresceu mais 34, se eu não estou enganado, teria
crescido. Em 2007, aparecem 165 equipes, se não é o total, que seriam equipes
novas, mas, seja como for, não confere, não combina. Nada está de acordo,
nem para ser o total, nem para
equipes novas. Então, como dizem os colegas, aqui, eu não quero ser agressivo
com as palavras, mas esse documento que nós recebemos é um documento cheio de
problemas. É impressionante! A gente não consegue concluir qual é a intenção do
Governo Municipal ao encaminhar esse documento que já corrige outro, qual seja,
o do início do Governo; dois anos e meio depois, vem outro que aumenta a
confusão.
Eu vou falar, agora, de um outro Programa,
chamado Cidade Integrada, que está na página 50. Há pouco, o Ver. Adeli também
abordou algumas questões dessa página. Eu destaco a Ação 56 - Elaboração de
Projetos Executivos de Drenagem Urbana. Nos itens Produto: Estudos, e Unidade
de Medida: Projeto, constam: para 2006, Ver. Dib, cinco projetos de drenagem
urbana; para 2007, seis projetos, Ver. Dib; para 2008, também seis projetos; e,
para 2009, cinco projetos. Olha, isso daqui é de uma pobreza impressionante!
Com certeza, o DEP tem demanda, e a Cidade precisa executar em torno de 20 a 30
projetos por ano. Há equipes, há profissionais para isso, mas, aqui, constam
apenas cinco projetos Não dá para imaginar! Na mesma página 50, um pouco abaixo,
há uma pérola: a Ação 57 - Elaboração do Projeto do 4º Distrito. É uma idéia
interessante, importante, pensar no desenvolvimento para o 4º Distrito, mas é
só um projeto de recuperação. Aparece, como meta, para 2006, zero - tudo bem.
Para 2007, 30%; para 2008, 50%; e, para 2009, 40%. A matemática diz que, se a
gente somar 30% com 50%, dá 80%, e se a gente somar os 40% previstos para 2009,
o total será de 120%, Ver. Dib! A Administração Municipal, na página 50, ao
querer elaborar um Projeto para o 4º Distrito, diz que vai obter 120% de
elaboração! (Risos.) Olha, a gente ri, porque não tem outro jeito, mas é muito
triste. São 30% num ano, 50 % no outro e 40% no último. Então, vai ter 120% de
elaboração do projeto. É possível levar a sério esse documento? Não, não é
possível.
Vamos adiante, na página 56, da SMOV, Ação 77 -
Qualificação e ampliação da iluminação das áreas públicas - o Ver. Adeli também
abordou - diz que, em 2006, Ver. Dib, em termos de substituição e ampliação dos
pontos da Iluminação Pública foram trocados 60 mil pontos. Ver. Dib, nos
melhores momentos da SMOV, historicamente, se consegue fazer por mês 2 mil,
isso daria 24 mil pontos. Digamos que assim, num trabalho forte, chegasse a 30
mil, o que a gente está vendo, e eu já trouxe os números da atual
Administração, que são muito baixos nesse setor, jamais chegariam a 30 mil, e
aqui está escrito 60 mil, não estou inventando nada. Para o ano de 2007, que é
este, 56 mil, e assim por diante. Não dá, Ver. Alceu Brasinha, é impossível
levar a sério isso aqui. Olha, eu sempre tenho feito oposição com seriedade,
sem fazer baixaria, mas esse documento, Ver. Brasinha, é demais, é demais.
Aqui, quase que não tem número sério, tchê. E eu estou aqui mostrando
calmamente, é uma loucura isso aqui!
O SR. GUILHERME BARBOSA: O número eu não
tenho aqui, mas gostei do desafio. Além da pequena 3ª Perimetral, além do
início da Av. Juca Batista, que foram 5 km, nós pavimentamos, Ver. Brasinha,
mais de 200 obras do Orçamento Participativo. E eu tenho a informação que
deixamos cem obras licitadas para serem executadas pela atual Administração. E
nenhum projeto novo, aquilo que nós contratávamos, mais de cem projetos por
ano, foi contratado pela atual Administração. Então, é muito pouquinho, muito
pouquinho comparado ao que nós fizemos: só de ruas na periferia foram mais de
200 obras do Orçamento Participativo, além da miudinha, essa obra muito
pequena, que é a 3ª Perimetral. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada, Ver.
Guilherme. Quero saudar, novamente, as crianças e os adolescentes que estão
conosco, que vieram para a votação de um Projeto que cria a Semana da Grande
Cruzeiro. Por uma questão regimental, levaremos ainda algum tempo para
entrarmos na Ordem do Dia, por isso solicitamos ao nosso Coordenador do
Memorial, Jorge Barcellos, que conduza os educadores, as crianças e os
adolescentes para uma visita orientada aqui na Casa, para que não fiquem o
tempo todo no plenário, e após a visita, obviamente, retornem para a votação do
Projeto. Todos vocês são muito bem-vindos à Casa, por favor acompanhem o nosso
Coordenador. Muito obrigada. (Palmas.)
Apregôo o Memorando nº 279, informando que a
Verª Neuza Canabarro estará representando esta Câmara Municipal na solenidade
de entrega do Prêmio Gerdau - Melhores da Terra, no dia de hoje, na Gerdau
Riograndense, em Sapucaia do Sul.
A SRA. NEUZA CANABARRO: Verª Maria
Celeste, como estive representando esta Casa na solenidade de entrega do Prêmio
Gerdau Melhores da Terra, quero passar-lhe o brinde oferecido à presidência da
Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada, Verª
Neuza. Recebo em nome de todos os Vereadores e pela Casa. Muito obrigada.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir a Pauta Especial.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta,
Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu, hoje,
estou admirando a linguagem utilizada no debate da Lei de Diretrizes
Orçamentárias e das alterações do Plano Plurianual. Aquele Vereador que se
intitulou “eu sou um sujeito que trabalha” - é bom que se saiba que é professor
de línguas - usou as palavras: esculhambação, ladroeira, bandalheira, chute,
empulhação, lambança, entre outras. É difícil fazer argumentação nesses termos.
Na realidade, eu pretendia fazer uma análise da
LDO, eu queria, inclusive, falar sobre a tabela de cálculo atuarial, e o Ver.
Marcelo Danéris me disse que ontem foi anunciada uma nova tabela, então, não me
cabe fazer análise daquilo que virá por certo a esta Casa.
Agora, eu noto que nem sempre se fala no que
está proposto pelo Prefeito, não se fala na Lei de Diretrizes Orçamentárias e
também não se fala no caso da alteração do Plano Plurianual; falam em
publicidade. Percentualmente ninguém gastou tanto dinheiro em publicidade como
a autodenominada Administração Popular. É só olhar os gastos de publicidade nos
seis, sete últimos anos para ver que gastavam muito mais, percentualmente, e,
às vezes, sem ser percentual; o total gasto em publicidade, em anos anteriores,
é maior que o gasto atual com um Orçamento muito maior.
Outro
Vereador falou em “conversas furadas” - não, foi o mesmo sujeito que trabalha.
“Conversas furadas” e a sua Bancada tem grande atuação, é inteligente - e eu
concordo que seja uma Bancada inteligente, eu não tenho nenhuma dúvida, mas não
acho que haja “conversas furadas”, é claro.
Falaram em
Orçamento Participativo. Olhem aqui uma relação: Orçamento Participativo/2002 -
Pavimentação da Rua Baltazar de Bem, feita entre 2005 e 2006, custou 433 mil
reais; continuidade do processo de urbanização da Vila Jardim, custou 221 mil
reais; tinha sido prometido em 1998; Pavimentação da Rua Walt Disney- 480 mil,
havia sido prometida em 2001; saneamento básico - rede cloacal da Rua Ayrton
Senna, na Lomba do Pinheiro, foi prometido em 2002 - 150 mil reais, e já está
concluído. E assim eu poderia dizer duas centenas de projetos e de promessas,
desde 1998 até 2004, quando deixaram a Prefeitura. Estão aqui os valores, tudo
certinho, e eu não havia usado isso ainda, mas, de repente, vou ter que usar.
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Antonio Dib, a história é feita
e fica registrada. Portanto, quero aqui fazer um diálogo com o senhor. A média
da pavimentação feita pela Administração Popular foi 19 km por ano; a meta da
Administração, do último ano, ficou em menos de 30% do que tinha sido
projetado; e, para 2007, no Programa Cidade Integrada e no projeto das Obras de
Arte, com despesa autorizada de 2,4 milhões de reais, até o último dia 30 de
junho, tinham sido gastos 94 mil reais, ou seja, apenas 4% da despesa prevista.
O projeto das Vias Estruturadoras, que é essa pavimentação de que o
senhor fala, orçado em 1,8 milhões de reais, teve empenho de 451 mil reais, e
liquidado: zero. Portanto, está faltando eficácia! E eu poderia lhe apontar,
por exemplo, na Região Sul: Beco da Vitória, todas obras com tudo decidido para
a execução e não são executadas. É um problema de gestão, Ver. João Antonio
Dib; não é da nossa discussão sobre o Orçamento.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Não me cabe
defender o Executivo sozinho; o Executivo tem Liderança aqui no Plenário, a
Liderança do Governo, que deve estar mais informada do que eu. Eu não tenho
todas as informações, aliás, não tenho nenhuma; eu tenho as mesmas informações
que V. Exª, vendo o que foi apresentado pelo Prefeito. Eu não fui procurado por
ninguém; estou fazendo a minha parte no caso.
Acho que nós devemos cuidar que a Lei de
Diretrizes Orçamentárias seja feita com exação, com tranqüilidade, para que nós
possamos fiscalizá-la. Se nós emendarmos excessivamente - e, como eu vou ser
relator, estou avisando que sou contrário a Emendas -, eu fico preocupado.
Agora, não sou contrário a que, dentro do roteiro previsto para a análise da
Lei de Diretrizes Orçamentárias, a comunidade, por 300 eleitores ou por três
entidades representativas da sociedade, apresente emendas durante o período de
Pauta. Nós teremos mais a discussão da Pauta Especial de amanhã - quinta-feira
-, da próxima segunda e da quarta-feira. Aí, terminou o período de Pauta
Especial, terminou o momento em que a coletividade pode apresentar emendas. Eu
gostaria de ver emendas apresentadas pelos 300 eleitores ou por três entidades
representativas da sociedade.
Acho difícil discutir nos termos em que o tema
está sendo colocado na tribuna, muito difícil!
O
Prefeito apresenta, no seu Programa Plurianual, os 21 Programas que ele tem
para tratar dos problemas da Cidade. Eu também olhei na LDO, mas não achei algo
que me interessasse, e, reiteradas vezes, tem sido razão do meu pronunciamento
a identificação dos logradouros. Em tudo que pude ler - não é fácil ler tudo,
são 21 Programas - não achei nada que dissesse que os logradouros de Porto
Alegre serão identificados. Nós temos absoluta convicção, todos os Vereadores,
não só o Ver. João Dib, de que é urgente e inadiável. Temos feito reuniões com
a Presidenta, com o Executivo, mas, de objetivo, nada até agora. Cada vez que
eu me encontro com o Antônio Carlos Baldi no programa Os Guerrilheiros da
Notícia, ouço-o reclamar das placas de identificação dos logradouros, e a
melhora não está acontecendo. Não é um problema de solução muito cara, é um
problema de vontade de fazer, e parece que não há vontade. Também não vou dizer
que, se luto para que algo aconteça e não vejo nenhuma iniciativa nesse
sentido, está tudo certo. Não, não está tudo certo. Eu acho que precisamos
identificar os nossos logradouros para o interesse da população e para o interesse
daquelas pessoas que nos visitam. É incrível que passem anos e anos - e nos 16
anos anteriores também não fizeram isso.
Em 1994, consegui fazer um Projeto de Lei,
aprovado por unanimidade, de que 1995 seria o ano da identificação dos
logradouros. O Prefeito sancionou a Lei, eu fiz uma Emenda - contra os meus
princípios - dentro do Orçamento, da rubrica certa, para colocar as placas na
Cidade, 150 mil reais. O Prefeito sancionou a Emenda, só que não colocou
nenhuma placa. Então, não adianta fazer emendas - e vão fazer muitas, sei disso
- que depois não serão respeitadas, que não terão a validade que se pretende.
Aliás, num dos artigos da LDO, está escrito isto (Lê.): “Fica vedada a inclusão
na Lei Orçamentária, nos créditos adicionais e dotações a título de subvenções
sociais, a título de auxílio para entidades privadas cujas condições de
funcionamento não forem consideradas satisfatórias pelos órgãos
oficiais de fiscalização do acordo em si”.
Nós temos uma série
de restrições para fazer emendas, e vamos fazer emendas. De qualquer forma,
acho que temos que tratar muito bem - porque este é um momento muito importante
– do estudo da Lei de Diretrizes Orçamentárias e as alterações no Plano
Plurianual. O Prefeito pretende dar mais visibilidade, melhorar os Projetos que
já foram aprovados por esta Câmara, dentro dos recursos que não chegam a 3
bilhões de reais no seu total. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): O Ver. Carlos Comassetto está com
a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas
Vereadores e Vereadoras, prezados visitantes, comunidades da Ponta Grossa,
Belém Novo, Chapéu do Sol, Grande Cruzeiro e Cristal, cumprimentamos todos os
senhores e senhoras.
Quero dizer que a
análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias que estamos hoje debatendo é a
orientação dos projetos a serem executados no próximo ano.
Ver. João Antonio
Dib, nós temos, sim, dados, estudos e análises, principalmente do que nós
aprovamos em 2005 e 2006 e não foi realizado pelo Governo Municipal.
E aqui quero trazer
alguns dados: em 2005, foi aprovado, para ser investido, o valor de 105 milhões
de reais. Somente 5,29% do Orçamento foi investimento, e a previsão era de 10%;
em 2006, 5,57%; em 2004, que foi o último ano da gestão da Administração
Popular, 7,28%. Em termos de números concretos, isso significa 40 milhões de
reais a mais.
E vejam só, senhores
e senhoras, a previsão que o Governo atual de Porto Alegre está fazendo,
Verª Margarete Moraes, em relação ao Projeto, em relação ao Município, ao PIB -
ao Produto Interno Bruto - do Estado do Rio Grande do Sul. Qual é a projeção? E
isso não é fala tosca, não, Ver. João Antonio Dib; é uma projeção que nem “rabo
de cavalo: crescendo para baixo”. Pegue a página 29 e vamos discutir; diz o
seguinte: para 2008: são 2,6 bilhões de reais, 1,44% do PIB do Rio Grande do
Sul. Para 2009: são 2,5 bilhões, 1,36% do PIB. Para 2010: são 2,59 bilhões de
reais, 1,29% do PIB. Então, vejam só, senhores e senhoras, a projeção para 2008
é 1,44% do PIB, para 2009 é 1,36%, para 2010 é 1,29%. Isso é assumir uma
política de que Porto Alegre está perdendo espaço, que não há projeto para
apontar para uma evolução da economia de Porto Alegre em relação ao Rio Grande do
Sul. Página 29. E queremos debater, porque isso demonstra uma ineficiência em
projetar o futuro de Porto Alegre.
Ver. Newton Braga Rosa, V. Exª, que, junto a
mim, está batalhando para trazer a Feira da Tecnologia da Informação e
Comunicação para Porto Alegre, onde está o programa do desenvolvimento da
tecnologia da informação e comunicação na Lei de Diretrizes Orçamentárias? Não
aparece. É claro que os outros Municípios vão se potencializar e vão nos levar
essa oportunidade. É por isso essa projeção aqui colocada: o nosso percentual
no PIB do Rio Grande do Sul diminui, não aumenta. Quero fazer esse debate com a
base do Governo, Ver. Dr. Goulart.
E por falar em Ver. Dr. Goulart, quero dizer a
ele, que é um dos homens da Saúde aqui desta Casa, junto com o Ver. Claudio
Sebenelo, que quando nós aprovamos aqui, na LDO, o Pronto Socorro da Zona
Sul... Meta apresentada para o Governo para 2008, 2009: zero. Isso quer dizer
que o Governo está riscando do mapa essa diretriz que nós aprovamos aqui. Vamos
aceitar simplesmente isso, comunidade da Zona Sul? Claro que não, não podemos
aceitar isso como uma lógica.
Vamos mais, a grande discussão que se dá hoje,
Ver. Oliboni, os Postos de Saúde da Família, o que nós aprovamos aqui? O que
está aqui na correção da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Plano Plurianual?
Manutenção e ampliação das equipes do Programa de Saúde da Família, PSF. O que
estava previsto para 2006? Mais 48 equipes da Saúde da Família. Dona Inês, a
senhora que é Conselheira lá da Zona Sul, do Orçamento Participativo, onde está
o PSF do Chapéu do Sol? Onde está o PSF da Ponta Grossa? Onde está o PSF da
Vila Floresta? Onde está o PSF Dentário da Ponta Grossa, Verª Neuza, cujos
equipamentos estão amontoados lá na Secretaria Municipal da Saúde já por dois anos?
Portanto, isso aqui, como está escrito, senhores e senhoras, são metas que não
serão cumpridas. Sabem qual é a meta do Governo para este ano, 2007, em novas
equipes do PSF? Cento e sessenta e cinco novas equipes do PSF! Queremos ter
essas novas equipes? Claro que sim! Sabem quantas foram implantadas até hoje,
do início do ano, de janeiro até o final de agosto – Ver. Dr. Raul, V. Exª que
é médico? Zero! Nenhuma! Pelo contrário, os 85 PSFs, hoje, estão fechados por
uma falta de gestão pública! É isso que nós temos que discutir, Ver. João
Antonio Dib! Não dá para “tapar o sol com a peneira”. E vou ler aqui o
Orçamento de 2007, que nós discutimos aqui e aprovamos, e eu gostaria muito que
os Vereadores médicos da base da situação viessem para esta tribuna fazer o
debate, dizer por que não estão fazendo, por que não estão implantando, Ver.
Dr. Goulart.
Secretaria Municipal da Saúde - comunidade
terapêutica - orçado em 2007: 500 mil reais; sabem quanto foi executado até o
dia 30 de julho? Zero! Atenção à Saúde nas creches conveniadas - sabem quanto
foi executado? Zero! Os recursos para construir as iniciativas referentes ao
PSF usados no Complexo Hospitalar da Restinga, que é da Ponta Grossa, que é o
da Vila Castelo, que é o da Comunidade Núcleo Esperança, que é Chapéu do Sol:
zero!
Além dos Projetos Controle e Prevenção à Anemia
Falciforme e Vigilância em Saúde, para os quais foram previstos 775 mil reais,
e não foi empenhado, até hoje, nenhum real. O Projeto da Ouvidoria, também, até
hoje, não saiu do papel. Das Farmácias distritais, orçadas em 533 mil reais, e
o Centro de Referência Imunológica Especial: zero! No Projeto Bem-me-Quer, o
Projeto Nasca, Núcleo de Assistência a Crianças e Adolescentes, orçado em 191
mil reais, também não foi iniciado; investimento: zero! Para a implantação do
Laboratório Central de Análises Clínicas, 1,8 milhões de reais de despesas
autorizadas; foram liquidados 468 mil, apenas 25%.
Agora, sabem quanto gastou a Secretaria
Municipal da Saúde, em Publicidade, neste primeiro semestre? Duzentos e vinte e
dois mil reais. Está errado ou não está errado? Está errado! Esta Gestão está
errada.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Comassetto, o que acontece é
que desde 2002 os recursos para o SUS, que deveriam chegar a Porto Alegre,
diminuíram, e apenas em 2007 os recursos se igualaram aos de 2002, e, também,
na Administração do PT aconteceu isso, em 2003, quando deveriam entrar 427
milhões e entraram 251 milhões; faltaram 176 milhões. Então, realmente, Porto
Alegre enfrenta problemas sérios. Agora, eu aconselharia que olhassem,
mensalmente, no Diário Oficial, os recursos empenhados. Não sei de onde V. Exª
tirou esses dados, mas eu gostaria que lesse o Diário Oficial, ali tem tudo.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Ver. João
Antonio Dib, na política V. Exª está errado, de novo: quem deve dinheiro para o
Município de Porto Alegre é o Estado que em 2005, 2006 e 2007 não repassou um
centavo para a Saúde, são 32 milhões que o Estado deve para Porto Alegre, a
União tem repassado, sistematicamente, e nós temos recebido.
O Sr. Dr. Goulart: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Duas informações a respeito, primeiro
dizer que o PSF necessita que o Governo Federal também dê sinal verde para que
se façam contratações, porque sabe bem V. Exª que é do Governo Federal que vem
o recurso para o PSF, e é bem verdade que o Município tem que apresentar
projetos de aumento – V. Exª tem razão, também.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Ver. Dr.
Goulart, nós perdemos o dinheiro para o HPS, neste ano, e V. Exª foi lá conosco
discutir por que não teve projeto, o dinheiro estava no caixa do Governo. Tem
que ter projeto.
O Sr. Dr. Goulart: É verdade, é
verdade. E, agora, há poucas horas, o Tribunal de Contas acaba de retirar a
cautelar contra a contratação do PSF. Então, aproveitamos para tranqüilizar
todos aqueles médicos e funcionários que nos procuraram, pois serão contratados
a partir de amanhã.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Ver. Dr.
Goulart - para concluir, Srª Presidenta -, se isso realmente aconteceu, e
acreditamos na informação de V. Exª, aqui, não há nada de novo, é zero a zero,
porque dos 165 novos PSFs que teriam que ser contratados, neste ano, não há
nenhum novo, são só os antigos que estão voltando a funcionar. Por essa lógica,
então, estamos no zero a zero. E nós não queremos zero a zero, nós queremos 165
a zero. Muito obrigado, senhores e senhoras.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Márcio
Bins Ely está com a palavra para discutir a
Pauta Especial, por cedência de tempo do Ver. João Carlos Nedel.
O SR. MARCIO BINS
ELY: Exma Srª Presidenta, Maria Celeste; na
pessoa de V. Exª quero cumprimentar os demais Vereadores e Vereadoras desta
Casa; público que nos assiste nas galerias, na TVCâmara, senhoras e senhores;
estamos na Casa Legislativa da Capital dos gaúchos discutindo dois Projetos de
Lei de fundamental importância, que tramitam em terceira Sessão, que são o
Processo nº 6192/07, PLL nº 016/07, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias
para 2008 e dá outras providências; e o PLL nº 017/07 - Processo nº 6195/07 -,
que altera a Lei nº 9.814, de 29 de agosto de 2005, alterada pela Lei nº
10.064, de 10 de outubro de 2006, que dispõe sobre o Plano Plurianual 2006/2009
e dá outras providências.
Eu gostaria de fazer
menção, aqui, inicialmente a essa conjuntura que envolve o Plano Plurianual e
estabelecer, previamente, na minha intervenção, uma situação da maneira como é
posta a legislação a respeito do Plano Plurianual.
É importante que as
pessoas saibam que o Plano Plurianual é organizado e coordenado no primeiro ano
do mandato para, então, valer para os quatro anos subseqüentes que seriam os
três anos de mandato em exercício do atual Governo e o primeiro ano do seguinte
Governo. Então, quando o Prefeito Fogaça assumiu o Governo, no primeiro ano do
seu Governo ele ainda estava sobre a tutela, digamos assim, do último ano do
Plano Plurianual do Governo anterior. E quando nós nos voltamos para o Plano
Plurianual que está sendo debatido agora aqui na Casa, como já mencionei na
minha outra intervenção, nós percebemos que, em pelo menos trinta
oportunidades, está apontado no texto da legislação que se estarão incluindo
novas ações nas mais diversas programações e programas do atual Governo, que
são os 21 Programas que elencam o “guarda-chuva” de todas as ações que abrangem
as políticas públicas a serem adotadas por todas as Secretarias na Cidade.
Nós percebemos que o
Governo caminha no sentido de adequar aquela legislação que foi construída no
primeiro ano do mandato, uma legislação que, em realidade, estabelece metas e,
ao estabelecer metas, também estabelece compromissos aos gestores. Parece-nos
oportuno que sim, que nós possamos estar, a cada ano, fazendo alguma reflexão,
pequenas reflexões, incluindo e ampliando algumas metas e também
redimensionando outras.
Mas,
fundamentalmente, Ver. Braz, gostaria de falar a respeito de duas novas
prioridades que foram elencadas por este Governo e que fazem parte, também, do
Plano Plurianual: a primeira delas - muito me identifico - diz respeito ao
compromisso do Governo Fogaça, expresso no Plano Plurianual, com a questão do
jovem e com a questão das políticas públicas a serem adotadas pela juventude.
Digo isso porque o Prefeito Fogaça foi o autor da Lei e quem criou efetivamente
a Secretaria Municipal da Juventude na nossa Capital. Um projeto pioneiro,
inovador, que eu considero, inclusive, como um daqueles chavões - está aqui o
Sr. Pitol, representando a EPTC - “contra os fatos, não há argumentos”. Realmente,
quando se cria uma Secretaria, se estabelece um fato de que realmente este
Governo prioriza e tem na sua agenda uma prática de estabelecer, realmente,
políticas públicas que possam trazer resultados para a comunidade jovem de
Porto Alegre.
Na semana passada nos
visitava o Secretário Mauro Zacher, que inclusive faz parte do meu Partido –
cuja Bancada é composta pelos Vereadores Nereu D’Avila, Neuza Canabarro, Ervino
Besson, Mario Fraga e Márcio Bins Ely -, hoje, atuando de maneira orgânica
dentro do Governo através da Secretaria Municipal da Juventude. Atuam também o
Secretário Fortunati, na Secretária do Planejamento Municipal, e na Secretaria
de Esportes, Recreação e Lazer, o Ver. João Bosco Vaz.
O Secretário Mauro
nos trazia alguns relatos, e é importante que façamos esta reflexão, porque
percebemos que na legislação há o respaldo para alguns movimentos no que diz
respeito ao Orçamento, porque a Secretaria Municipal da Juventude foi criada a
partir de 18 de fevereiro do primeiro ano do mandato. Portanto não tinha nem
orçamento, desenvolveu o primeiro ano de trabalho inclusive sem ter orçamento. E
nos relatava o Secretário que, numa primeira etapa de um projeto experimental -
que, no nosso entendimento está tendo um desempenho muito importante para a
nossa Cidade, porque está incluindo muitos jovens que hoje estariam fora do
mercado de trabalho -, que inclusive é uma parceria com o Governo Federal, o
Projeto ProJovem, a Prefeitura tem pontualmente entregue na Capital dos gaúchos
mais de três mil certificados a jovens entre 18 e 24 anos que concluíram o
Ensino Fundamental, a partir desse Projeto. E, quando eu destaco esta atenção
que é dada pelo Governo, esta priorização que é dada pelo Governo ao jovem, eu
também quero fazê-lo às pessoas portadoras de deficiências. Hoje, inclusive,
nós tivemos, aqui na Casa, a visita do Secretário Tarcízio, que também
considero como uma prioridade elencada pelo Governo, porque se materializa a
partir do momento em que o Governo Fogaça criou, estabeleceu como prioridade,
legislou e constituiu uma Secretaria de Acessibilidade, pois a preocupação
neste Governo para com as pessoas portadoras de deficiências é uma preocupação
que está materializada, realmente, em políticas públicas que têm interesse em
oferecer efetivamente um trabalho de produção, um trabalho de realização e um
trabalho de materialização de conquistas para esse segmento da nossa sociedade
que já sofreu muito, em função da exclusão pelos próprios meios físicos não bem
estruturados na nossa Cidade. Inclusive, Ver. Dr. Raul, que é Presidente da
Comissão de Saúde e Meio Ambiente, da qual eu participo por delegação
partidária, mas, também, por opção, nós percebemos que a ampliação da Av.
Borges de Medeiros, com todo o aparato que será montado em torno da Estação Mercado,
contemplará e tem, na sua fundamentação física, nas obras que estão previstas
todo um ajuste para as pessoas portadoras de deficiências. Então, eu quero
dizer que, quando o Plano Plurianual prevê ações voltadas para esses segmentos,
para esses nichos, ele busca um aperfeiçoamento, busca novas metas, busca novas
inclusões de metas e traz para o Legislativo esse debate.
Nós queremos nos somar neste momento e dizer
que, realmente, e, fundamentalmente, também, Ver. João Dib, quando se fala a
respeito das Disposições sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias, nós sabemos
que em breve vem o Orçamento, a ser debatido aqui nesta Casa.
Nós realmente queremos dizer que essa iniciativa
muito nos conforta. E hoje destaco essas duas Secretarias que foram criadas por
este Governo, e que estiveram no primeiro ano sem uma previsão e sem uma
participação efetiva no contexto legal do Plano Plurianual, porque do Governo
passado herdou-se o primeiro ano do Plano Plurianual, portanto, elas não faziam
parte, porque não existiam, e estavam atuando e atuaram todo o primeiro ano sem
orçamento. E agora nós percebemos que houve ajustes e está-se trabalhando no
sentido de fazer ajustes, fundamentalmente na área jovem, porque sou o Vereador
mais jovem desta Casa, e me orgulho muito dessa situação, que na realidade nos
remete única e exclusivamente a fazer um trabalho ainda mais forte, buscando
mais qualidade e com muita responsabilidade, com muito respeito a todos que
estão aqui. Na realidade, nós sabemos que muitas pessoas têm acumulado muita
experiência e nós temos aprendido a cada dia com as experiências dos Vereadores
que têm nos ajudado no exercício deste primeiro mandato.
Gostaria de deixar essas reflexões e esse debate
neste Período de Pauta Especial. Gostaria também de dizer que nós estamos
confiantes de que realmente políticas públicas se avizinham no sentido de
garantirem direitos e de efetivamente consolidarem os direitos que foram
criados a partir da criação dessas duas Secretarias, porque se avizinham a esta
Casa a aprovação do Conselho Municipal de Juventude e o Conselho Municipal das
Pessoas Portadoras de Deficiências. Ambos os Projetos estão tramitando nas
Comissões e, portanto, serão possivelmente apreciados e aprovados ainda neste
segundo semestre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 5760/06 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 237/06, de autoria da Verª Clênia Maranhão, que concede “in
memoriam” ao Dr. Lenine Nequete o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto
Alegre.
PROC. Nº 0440/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 007/07, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que dispões sobre a
dotação de praças e parques do Município de Porto Alegre com equipamentos como recipientes para o depósito de resíduos
sólidos, placas de informação e de advertência, identificadores de vegetais e
protetores de vegetais, dentre outros, e dá outras providências.
PROC. Nº 4782/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 152/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que torna obrigatória, nas
fachadas externas e nas divisórias internas das agências e dos postos de
serviços bancários, no Município de Porto Alegre, a instalação de vidros
laminados resistentes a impactos e a disparos de arma de fogo.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 4282/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 126/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que
institui o uso obrigatório do brasão de armas do Município de Porto Alegre nos
seus veículos oficiais, proíbe o uso de logotipos institucionais nesses
veículos e dá outras providências.
PROC. Nº
4781/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 151/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que cria o
Certificado de Utilidade Pública Municipal e a Certidão de Utilidade Pública
Municipal para as organizações não-governamentais – ONGs – declaradas de
utilidade pública pelo Município de Porto Alegre e dá outras providências.
PROC. Nº 5008/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
164/07, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que denomina
Rua Ronaldo Molina de Quadros o logradouro público cadastrado, conhecido como
Rua 2988 – Loteamento Verdes Campos -, localizado no bairro Mário Quintana. (Este projeto com parecer favorável das Comissões
Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento
de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC. Nº
5011/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 166/07, de autoria do
Ver. Ervino Besson que denomina Rua Odília Feliciano de Souza o logradouro
público cadastrado, conhecido como Rua 4003 – Vila Orfanotrófio I -, localizado
no bairro Teresópolis. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC. Nº 5012/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 167/07, de autoria do Ver. Ervino Besson, que denomina Rua Cézar
Dorneles Mendes o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 4012 – Vila
Orfanotrófio I -, localizado no bairro Santa Tereza. (Este projeto com
parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será
considerado aprovado, salvo requerimento
de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC. Nº
5154/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 170/07, de autoria do
Ver. Ervino Besson que denomina Rua Flor de Eucalipto o logradouro público
cadastrado, conhecido como Rua 4011 – Vila Orfanotrófio I -, localizado no
bairro Santa Tereza. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC. Nº 5195/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 172/07, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua
Antonio da Costa Castanho o logradouro público não-cadastrado, conhecido como
Rua 6427, localizado no bairro Ponta Grossa. (Este projeto com parecer
favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado
aprovado, salvo requerimento de 1/6
dos membros da Câmara.)
3ª SESSÃO
PROC. Nº 4472/07 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 015/07,
que cria a Secretaria Municipal de Turismo – SMTUR – na Prefeitura Municipal de
Porto Alegre – PMPA, extingue o Gabinete de Turismo – GTUR – do Gabinete do
Prefeito – GP, e revoga o art. 1º da Lei nº 9.735, de 11 de maio de 2005, e dá
outras providências.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Há um acordo
dos Vereadores inscritos em Pauta, o Ver. Carlos Comassetto, Ver. Newton Braga
Rosa, Verª Margarete Moraes, Ver. Guilherme Barbosa, e Ver. João Antonio Dib,
de apenas passar o Período da Pauta, correr a Pauta do dia de hoje, para que possamos
agilizar os trabalhos, tendo em vista a presença, em nosso Plenário, de
crianças e adolescentes para aprovação de um Projeto importante na Ordem do
Dia.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Nobre Verª
Maria Celeste, eu não havia sido consultado para fazer esta consideração, como
se a Pauta fosse corrida. Eu não havia sido consultado, mas concordo. Agora,
chamo a atenção, porque eu também propus que a Pauta Especial fosse reduzida para cinco minutos e não obtive
voto de ninguém. De qualquer forma, eu concordo e espero que a Pauta seja
considerada corrida, apesar de todo o material que eu havia trazido para
discutir a Pauta.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Sempre atento,
Ver. João Antonio Dib. Agradeço a sua colaboração, no sentido de agilizarmos o
Período para que possamos entrar na Ordem do Dia o mais rápido possível.
Portanto, está aberto o período de Liderança.
O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidenta,
Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, pois bem,
Yeda Crusius completa hoje 242 dias de Governo. E o Prefeito Fogaça, 972 dias
de Governo em Porto Alegre.
Em 1998, quando começou a obra na Av. Baltazar
de Oliveira Garcia, a duplicação da ponte que divide Porto Alegre e Alvorada,
Ver. João Antonio Dib, não estava prevista no Projeto original. A duplicação
parou, e começou em março de 2002. Do outro lado da ponte tinha a Prefeita
Stela Farias, do PT, e do lado de cá, a Administração Popular, do PT também.
Eu acho engraçado, tem um cidadão que agora
cobra as obras – aquela quadra do São Francisco até a ponte que ficou fechada –
, o cidadão Alberto Terres; ele nunca esteve lá para defender o comércio da
região, que estava parado. Só que aqui em Porto Alegre, em 2002, 2003, 2004, a
Prefeitura era do PT. E a de Alvorada também era do PT. Não existia uma
pressão. Pois bem, veio a linha rápida. E mais, passou o Governo Rigotto; não
fez. Veio a linha rápida, a Governadora Yeda,
em 241 dias, no começo do mês de agosto, quando tivemos aquela reunião lá na
Av. Baltazar de Oliveira Garcia, ela prometia que começaria as obras até o dia
1º. E mais ainda, ela cumpriu religiosamente, começou antes as obras,
demonstrou serviço, demonstrou que a palavra dela está em pé. E eu, como votei
nela, estava cobrando. Quero dizer para a Governadora que, como Vereador desta
Cidade, considero que a senhora teve muito mérito em começar a obra antes. E a
senhora terá o apoio deste Vereador aqui, nesta tribuna, defendendo, juntamente
com o meu querido amigo, Ver. Luiz Braz e o Ver. Claudio Sebenelo, que sempre
cobrou também da Governadora e, aliás, andava pedindo voto para a Governadora.
Então, eu agora estou muito satisfeito, porque a Governadora reiniciou as
obras, ontem. E como, em 1998 e em 1999, na Av. Assis Brasil, eu também tinha
comércio e, literalmente, todo mundo estava parado, as obras estavam paradas na
Av. Assis Brasil, e lá também eu não vi cidadão estar cobrando tanto do Governo
Fogaça e da Governadora Yeda! Porque, ali na Av. Assis Brasil, tem comerciante
aos montes! Eu só lembro que o Secretário Cecchim trabalhou muito. Na época,
ele veio aqui nesta Câmara pedir providências para os Vereadores no sentido de
pedir socorro pelo comércio da Zona Norte, pois estava quase impossível
sobreviver. Ele esteve aqui junto com a Associação Zona Norte e eu tenho
lembrança que ele trabalhou muito naquela vez. E eu também estava lá cobrando
sempre, eu estava junto, porque eu tinha comércio lá, e nem era Vereador. Mas
quero dizer para os senhores que, realmente, me surpreende, agora, porque a
Governadora do Estado, a Governadora Yeda é o outro lado. Ouvir cd O Prefeito
Fogaça, com 972 dias, hoje, aí eles cobram tudo do Prefeito! Não dá para
entender! Este Prefeito chegou por acaso ali, então? Não faz nada, Ver. Adeli
Sell! Ver. Adeli Sell, o Prefeito tem feito muito por Porto Alegre, tem feito
"n" obras. E é uma pessoa de fácil acesso, que atende a todos. A
nossa Presidenta da Casa, Ver.ª Maria Celeste, sabe o quanto o Prefeito sempre
tem atendido com a maior elegância de sempre, não é Vereadora?
Vereador Haroldo de
Souza, também quero falar agora a respeito de um Projeto do Ver. Sebenelo que
proíbe a venda de bebidas de álcool após as 24 horas de sextas-feiras e de
sábados. E agora, será que o Sebenelo poderia dar um pulo comigo, juntamente
com o Ver. Haroldo, aqui no acampamento, após as 24 horas da noite de hoje para
ver se proibimos a venda de bebidas ou não, Ver. Sebenelo? Eu gostaria que o
senhor participasse comigo desta visita que vou fazer ao Acampamento
Farroupilha, no Parque da Harmonia, com todo o respeito e carinho que tenho
pelo Ver. Sebenelo, e por isso convido o Vereador para participarmos juntos.
Para concluir, quero
agradecer aos Srs. Vereadores, às Sras. Vereadoras e a um amigo meu, que está
nos visitando, o Armani, que se encontra aqui na platéia. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Convido o Ver. José Ismael Heinen
a receber o cartão da Presidência da Casa, pelo seu aniversário ocorrido no dia
de ontem, parabenizando-o.
(Procede-se à entrega
do cartão.) (Palmas.)
O SR. MARCELO
DANÉRIS: Srª Presidente Maria Celeste, só para complementar
a informação que eu havia dado aqui durante a Pauta Especial, eu também, como o
Ver. Dib, havia falado sobre o assunto. A informação mais precisa é que a
reunião do Conselho Administrativo Fiscal do Previmpa anunciou um novo cálculo
atuarial apresentado pelo Governo. Solicito que alguns dos Líderes do Governo informem
se vai haver alguma mensagem retificadora à LDO, que está com o cálculo
atuarial defasado, atrasado. Não é este o cálculo do debate efetivo.
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Certo, Ver. Marcelo, aguardaremos
a posição do Líder do Governo.
O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores
e Sras Vereadoras, nem tudo está perdido, eu ontem vi na televisão
um momento de civilidade, de educação, de seriedade, de responsabilidade. Eu
estou falando dos integrantes da Defensoria Pública do Estado. Eles foram à
Assembléia, em grande número, para tentar demover os Deputados em aceitar o
Veto da Governadora, de um Projeto de Lei, no qual eles haviam recebido seus
direitos. Deveriam receber reajuste de salário; não era aumento de salário. E a
Governadora, confessando o erro do Governo, ao dizer que poderia pagar, pediu
que a sua base de sustentação aceitasse o Veto. E, realmente, aceitaram o Veto
da Governadora, e a Defensoria Pública ficou sem nenhum reajuste. Por que eu
estou dizendo que eles precisam ser elogiados? Porque, além de permanecerem
durante todo o tempo da discussão e votação do Veto, eles aplaudiram todos
aqueles que falavam pela derrubada do Veto, mas não fizeram nenhuma
manifestação para aqueles que pediam a aceitação do Veto, os quais diziam,
inclusive, da dificuldade de estarem falando da forma como eles estavam
falando, para aceitarem o Veto, uma vez que houve erro do Governo. Esse tipo de
educação eu não havia visto no plenário aqui da nossa Casa, nem lá da
Assembléia Legislativa. Noutro dia, quando um Vereador disse que pedia a
presença do Secretário e que se comprometeria a não encher as galerias, o que
eu vi foi completamente diferente: quando se falava contrariamente, os
Vereadores eram vaiados e, às vezes, tinham até dificuldade de falar; quando se
falava conforme o pensamento deles e se propunham coisas aparentemente mais
agradáveis, então havia aplausos. Eu não posso deixar de dizer que eu fiquei
impressionadíssimo com essa categoria, a categoria dos Defensores Públicos.
Realmente, eles defendem a vida pública, o sistema público, pois eles defendem
as pessoas mais pobres que não podem pagar um advogado. Quando eles procederam
da forma como eles procederam, não vaiando aqueles que tinham pontos de vista
contrários aos deles, eu devo dizer que nem tudo está perdido. Ainda há gente
séria, responsável, e com muita ética. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. HAROLDO
DE SOUZA:
Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, tudo bem que é
muito bonito, é profundamente emocionante ser pai - para a mãe, então, deve ser
uma emoção indescritível, Ver. Sebenelo -, mas três crianças, ao mesmo tempo,
alteram a vida de qualquer um! Quando se trata de um casal que já tem meia
dúzia de filhos, a alteração é maior ainda! Não tem mais aquela história, Ver.
João Dib, de que onde comem dois, comem três, quatro, cinco, não é verdade. Por
que um casal já tendo meia dúzia de filhos ainda quer mais filhos, mesmo
consciente das dificuldades que enfrenta para sobreviver? Viver com 380 reais?
É inadmissível que um cidadão que tem como vencimento financeiro 380 reais por
mês se transforme numa verdadeira fábrica de seres humanos, que, certamente,
não serão felizes, pois não é possível dar a felicidade dessa maneira. Cabe ao
Governo também interferir nesse assunto, o Governo deve orientar e tomar
medidas, sim, que acabem com o descontrole da natalidade em nosso País. Não se
pode permitir colocar filhos no mundo sob o manto da irresponsabilidade; mas aí
estão três novos seres humanos que precisam ser acolhidos. E o espírito de
solidariedade aparece nesta hora: são donativos que chegam a Viamão de todos os
lugares. Para o momento, os problemas estão resolvidos, mas e depois? De que
forma um casal irá viver sustentando nove filhos, dando-lhes educação,
alimentação, saúde, vestuário, com 380 reais por mês? A solidariedade não é
para a vida toda. Num País com dimensões como o nosso, com as dificuldades
financeiras que têm os seus cidadãos, o controle da natalidade deveria ser,
sim, uma bandeira a ser desfraldada de maneira eficiente e muita séria, sem os
entraves políticos. Controle de natalidade já!
Quarenta policiais militares para 40 mil
pessoas. Esta é a decisão que está numa Portaria publicada no Diário Oficial do
nosso Estado: a cada mil pessoas, um policial militar! Se o Gre-Nal do dia 16
de setembro receber um público de 40 mil torcedores, apenas 40 policiais
militares estarão dentro do estádio. A segurança será feita então por mais 240
agentes especiais, ou seja, a cada mil torcedores, meia dúzia de seguranças
privados. Isso é suficiente para conter um tumulto num local onde se reunirão
40 mil pessoas? Apenas 40 soldados da Brigada Militar terão condições de
segurar uma bronca que venha a eclodir num ambiente com 40 mil pessoas. E 240
seguranças privados saberão como se comportar diante de um “vuco-vuco” num
ambiente de 40 mil torcedores? Ficam essas indagações, e o meu medo! O meu medo
maior passa pela forma como o Secretário de Segurança vem conduzindo esse
assunto. O contribuinte já paga seu imposto, e policiar é o dever da Brigada
Militar, é o dever do Governo. O contribuinte espera outro tipo de ação. Não
pode o Secretário misturar salário de jogador com necessidade de segurança do
torcedor. Não cabe ao Secretário afirmar que, se for paga, a Brigada dará
segurança, porque daí a alegação da falta de policiamento em outros locais da
Cidade vai para as cucuias! Quer dizer: se entrar num acordo financeiro, a
Brigada Militar terá condições de atender à demanda do futebol e de outros
pontos da Cidade ao mesmo tempo? Por favor! Não deve a Brigada Militar
subestimar o mundo do futebol. Falando em termos de altos salários de jogador:
o que uma coisa tem a ver com a outra? A própria Guarnição, com aposentadorias
precoces de seus oficiais, coronéis e tais, também colaborou muito para o
endividamento e comprometimento das finanças do nosso Estado.
Eu ia falar hoje também a respeito da Av.
Baltazar de Oliveira Garcia, cumprimentar a Governadora Yeda Crusius, porque
recebeu a herança do Governo do meu Partido, Rigotto, do PMDB, e dos Governos
anteriores. O Estado não está falido, esse termo não deve ser usado, mas o
Estado está quebrado, não tem condições. Hoje, quando eu vi nos jornais a foto
da Governadora Yeda feliz da vida por estar reiniciando uma obra tão importante
para a Zona Norte da cidade de Porto Alegre, eu a compreendi, porque a conheço
de outros arraiais – conheço bem a Governadora Yeda desde os tempos de
jornalismo, de RBS – e eu sei que, se ela não está fazendo mais pelo Estado, é
porque ela não tem condições de fazer. O resto? Bem, o resto é o jogo de cena
da oposição e daqueles que entram nessa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Srª Presidenta desta Casa, mui digna Verª Maria Celeste; nobres Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste, antes de entrar no assunto
propriamente dito da minha fala, quero registrar, Srª Presidenta, que, no
domingo, com aquela chuva toda, nós descerramos a placa de Nelson Fachinelli.
Cabe este registro, porque foi um momento muito emotivo, muito emocionante, com
mais de 80 poetas presentes; S. Exª, o nosso Prefeito, também, emocionado, num
belíssimo discurso. Então, há, em Porto Alegre, esta justa homenagem ao nosso
poeta. Da mesma forma, quero agradecer a presença dos Vereadores Sebastião Melo
e Nelson Nedy no nosso aniversário de ontem, a todos aqueles que lá
compareceram, muito obrigado.
Quero agradecer à
Câmara pelos parabéns, e pelo presente já característico do nosso Ver. Dib.
Agradeço e faço votos de que todos os senhores correspondam também à minha
perspectiva de vida e de felicidade. Considero-me um Vereador cooperativista,
principalmente, na área habitacional. E, quando leio notícias de habitação,
neste nosso Brasil, esse déficit escorchante que temos, humilhante, quase como
um país favelado - penso que o que mais cresce neste País são as favelas. Em
1973, tínhamos em torno de 20 mil favelados em Porto Alegre; hoje são 280 mil
favelados em Porto Alegre. Mas o que mais me preocupa, lendo nos jornais de
hoje, estampado na mídia nacional, como de costume, é que o Governo ampliou de
20 para 30 anos o financiamento para aquisição da casa própria. Trinta anos,
meus senhores! Em 20 anos - 240 meses – já é um parto difícil de acontecer essa
caminhada, para a compra de um apartamento só. Nada contra a extensão para 30
anos, mas falaram que seria um benefício à classe média, com o valor de 130 mil
a 200 mil reais, com taxas de juros de 10,1% mais a TR - classe média que foi
classificada em três mil dólares, para o povo que ganha R$ 500,00 por mês. Para
a compra desse apartamento - o jornal faz uma comparação -, com um empréstimo
de 140 mil reais, se fosse em 20 anos, o custo total seria de 480 mil reais,
mais a variação da TR; em 30 anos, 612 mil reais. Às vezes, senhores, o que
mais me intriga é que a renda dessa classe média teria que ser, se fosse em 20
anos, de 6 mil e 600 reais; em 30 anos, uma renda de 5 mil e 600 reais, e a
prestação para 30 anos, prestação inicial, seria de um mil e 700 reais. Isso é
financiamento possível para a classe média? Vamos falar uma coisa certa, isso
aí é financiamento para a classe A ou B, não para a classe média. E agora
classificam a classe média no Brasil em três mil dólares. Isso aí, seis mil
reais, em 12 meses, dá 500 reais. Quer dizer, a classe média, hoje, está na
favela e tem que fazer artifícios para buscar a sua casa própria.
Então, quero trazer a
devida atenção a esse assunto, que é um assunto grave. Estive analisando uma proposta
do Pippi da Motta sobre o aproveitamento do solo criado. Isso, sim, é um
projeto para a classe média, apartamentos com até 50 metros quadrados, seja lá
de dois dormitórios, mas que, aproveitado esse índice que é comprado para
financiar apartamentos de classe A, trazer em benefício de apartamentos para a
classe média. Aí, sim, nós teremos em torno de 30 mil reais, conforme o projeto
do Pippi da Motta. E eu quero dizer a ele, agradecer por essa sugestão que ele
nos enviou, por isso quero tratá-lo com todo carinho e defendê-lo arduamente em
nosso PDDUA. Eu acho que a cidadania, a auto-estima de uma população começa em
torno da sua mesa de refeições, e, em junto dessa mesa de refeição, um teto bem
qualificado, onde possamos unir as nossas famílias e dar dignidade às nossas
famílias. Aí estaremos trazendo mais felicidade ao nosso povo, com menos
violência, mais educação, mais emprego, mais saúde, está em torno disso. Agora
não me venham dizer que passar de 20 anos para 30 anos com uma prestação de um
mil e 700 reais seja um financiamento para a aquisição da casa própria para a
classe média do nosso Brasil. Poucos ganham acima de seis mil reais. Muito
obrigado, Srª Presidenta e Srs. Vereadores.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): O Ver. Adeli Sell
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ADELI SELL: Verª Maristela Meneghetti, colegas Vereadores e Vereadoras, ora, ora,
vejam só, apesar de os Deputados terem aprovado o aumento dos Defensores
Públicos, pessoas que têm um papel importante para defender os pobres, aqueles
que não têm condições de pagar um advogado, tiveram ontem, na Assembléia
Legislativa, uma profunda derrota, porque os Srs. Deputados e as Sras.
Deputadas mantiveram o Veto da Governadora. Como mudam de posição! Inclusive,
Ver. Dib, o seu ex-Presidente de Partido colocou numa sala fechada os seus
Deputados, colocou-lhes uma canga, e eles tiveram de recuar de seu voto, de
suas posições. É, Ver. Dib, as palavras são feitas para usar. V. Exª tem um dicionário
sempre ali na sua gaveta, usa-o, saca dele sistematicamente, e aprendi, como
menino da roça, o que significa canga. Pois, ontem, foi colocada uma canga nos
Srs. Deputados e nas Sras. Deputadas pela Governadora.
A Governadora, disse o Ver. Brasinha, estava
feliz pela Av. Baltazar, mas mais felizes estaremos nós se a obra efetivamente
for concluída. Diga-se de passagem, estamos felizes porque o Governo Lula
bancou 55 milhões dessa obra, e, sem essa contribuição, sem esse dinheiro do
BNDES, a obra não seria retomada. Faça-se justiça, portanto.
Mas nós não terminamos, Ver. Dr. Goulart, o
drama do PSF. É verdade que o Tribunal de Contas recuou na sua cautelar. Há uma
Comissão aqui na Câmara discutindo na sala da Presidência, e nós vamos
acompanhar pari passu. Hoje a nossa Bancada, como tem feito durante o
último período, se fez e se faz representar em todas essas atividades, buscando
acompanhar o processo, e nós vamos acompanhar agora essa tal de OSCIP, esse tal
de Sollus, e vamos querer saber se esse negócio é para valer, se é uma entidade
séria, responsável, porque, se nós tivermos os elementos, nós vamos pedir uma
CPI; nós queremos saber o que está acontecendo com o dinheiro do povo de Porto
Alegre. Foi tão simples, tão fácil romper um convênio histórico com a
FAURGS e, de uma hora para outra, acha-se uma empresa de São Paulo! Eu
quero dizer aqui, Ver. João Dib, que, na semana passada, eu reuni um
grosso volume de documentos da EPTC e disse que aquela licitação não poderia
sair. Pois se fez justiça; a Justiça impediu a continuidade daquela licitação,
porque a licitação se dirigia a uma única empresa de São Paulo - há hoje uma
predileção desta Prefeitura por São Paulo -, a única empresa que poderia
fornecer a tal pintura a plástico frio em vez de termoplástico... A licitação
foi barrada na Justiça, ou seja, o Ver. Adeli Sell, da oposição, tinha razão!
Eu não posso concluir a minha fala hoje sem
completar o meu pot-pourri: a LDO e o PPA, por mais respeito que eu
possa ter a quem falou aqui que, afinal de contas, “o Governo está atento,
fazendo maravilhas na LDO e no PPA”. Eu mostrei, eu provei, com as leituras que
aqui fiz, que o PPA e sua revisão são uma grande engambelação! É uma grande
engambelação! Essa palavra está no dicionário; podem procurar, que ela está lá,
no dicionário. Não há outra palavra que melhor expresse... Também quero avisar,
mais uma vez, que há massa crítica nesta Casa, que há oposição nesta Casa, que
somos vigilantes, que trabalhamos para valer e vamos continuar fazendo isso.
Não somos do “quanto pior, melhor”; o que é bom para Porto Alegre nós vamos
apoiar, porque é bom para o seu povo; agora, não peçam que a gente coloque uma
canga e marche sem protestar. Primeiro, não nos colocarão canga; segundo, não
vamos vergar nossas costas e caminhar como boi de canga! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
Adeli Sell.
O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Verª Maristela Meneghetti, na presidência dos trabalhos; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, senhoras e senhores, com toda a certeza os Vereadores desta Casa já
ouviram falar da Lei de Responsabilidade Fiscal. O Ver. Adeli, que esteve aqui
na tribuna, com toda a certeza é conhecedor da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Por isso mesmo acho que seria bastante ético que, quando nós falássemos no
problema dos salários do Governo Estadual e no problema dos PSFs aqui, do
Governo Municipal, pudéssemos fazer uma análise da Lei de Responsabilidade Fiscal,
que coloca limites para os gastos com pessoal e também coloca limites, em
outras esferas, dos gastos das administrações. Por isso mesmo é injusto tentar
fazer com que a opinião pública se volte contra esses governos, simplesmente
porque eles estão regiamente cumprindo com essa legislação. Então, não é
correto quando se diz: “Ah, tem-se dinheiro para pagar...”; aliás, não se tem
dinheiro para pagar, porque o dinheiro - eu estava olhando aqui, Ver. Adeli –
fica bastante comprometido por causa de algumas atitudes de pessoas ligadas ao
seu próprio Governo. Hoje, eu ouvi, Ver. João Dib, a seguinte notícia:
“Condenado o Diógenes”. Lembra do Diógenes? Foi aqui do Município, foi do
Estado... Sabe o que ele fazia? Ele recolhia dinheiro público para poder fazer
com que o PT pudesse sorrir um pouco mais. É claro que, se o dinheiro é tirado
de lá, vai faltar aqui no Orçamento!
Estou vendo aqui
também um outro jornal que fala no dossiê CGT. Sabe quem é o pivô do dossiê
CGT? Um membro do PT: Carlos Marcelo Cecin.
Aí nós vamos lá para
o “mensalão”, em que os 40 ladrões pelo menos estão sendo processados - só o
Ali Babá está de fora -, e aí nós vemos que lá também só com um deles, Ver.
João Dib, lá no Exterior, aquele que cuidava da publicidade do Sr. Lula da
Silva, nas contas do Exterior havia 2 bilhões de reais! Entre os 40, eu tenho
certeza absoluta de que nós temos, praticamente, a maioria ligada ao Partido do
Ver. Adeli Sell. E aí ele vem aqui à tribuna e diz assim: “Olhem, eu estou
cobrando ética dos outros”! Mas, primeiramente, por favor, volte-se para dentro
do seu Partido e vá cobrar a ética do seu Partido e pergunte a todos os membros
de seu Partido onde está o dinheiro do Brasil, dos brasileiros! Dinheiro que
foi tirado, roubado, foi usurpado de todos nós, brasileiros, para ser levado
para as contas do Duda Mendonça, para fazer feliz todos aqueles que, na
verdade, estão citados no “mensalão”. Então, olhem, gente, é brincar com este
Plenário, brincar com esta Cidade, brincar com a nossa sociedade, realmente, um
membro do PT vir aqui a esta tribuna e cobrar ética dos outros! Ora, pelo amor
de Deus! Primeiramente, cobrem pela ética dentro de seus próprios Partidos!
Eu tenho muito orgulho, Ver. Elói Guimarães, da
Governadora Yeda Crusius, do trabalho que ela está fazendo. Ela pegou,
realmente, um Estado falido. Ela está com muitas dificuldades para governar
este Estado, mas está apontando rumos. Ela está, com muito garbo, fazendo com
que nós, gaúchos, possamos, realmente, voltar a ter orgulho de sermos gaúchos.
Eu fico, realmente, muito feliz com todas as soluções que estão sendo indicadas
lá. Nesses dias todos, ninguém pode apontar uma só ação nefasta da Governadora.
Ela está com dificuldades? Claro que sim, há os limites da Lei de
Responsabilidade Fiscal, os limites do Orçamento, todos os limites fiscais que
lhe foram impostos, mas ela, Ver. João Antonio Dib, está, com muita
inteligência, vencendo essas dificuldades.
E eu tenho certeza absoluta de que, no final do
Governo da Yeda, nós vamos ter um Estado saneado, e vamos ter, novamente, a
possibilidade de crescer, porque os governos que lá passaram, inclusive o
Governo do Partido do Ver. Adeli Sell, somente souberam fazer com que o Estado,
realmente, caísse por terra e que nós não tivéssemos um amanhã, não tivéssemos
um futuro, não tivéssemos esperança. Então que bom que lá está a Governadora
Yeda com toda a sua ética, com toda a sua inteligência, fazendo com que nós,
realmente, possamos recuperar a esperança.
E que bom que está aqui o Governo Fogaça
cumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal e fazendo com que nós tenhamos,
realmente, orgulho também de ser Vereadores em Porto Alegre.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
Luiz Braz.
A Verª Neuza Canabarro está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA. NEUZA CANABARRO: Exma
Srª Verª Maristela Meneghetti, na presidência dos trabalhos; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu estava ouvindo,
atentamente, o Ver. Luiz Braz e me chamou atenção o seguinte aspecto: a ética.
Eu também falo muito em ética, em moral e em coerência. Por quê? Porque nós,
Vereadores, temos um compromisso direto com o povo, com o cidadão que nos
elegeu. E manter a ética, a moral e a coerência não é fácil, Ver. João Antonio
Dib, porque nós não estamos aqui para julgar A nem B; nós estamos aqui para
exigir que as coisas aconteçam, para exigir que a população tenha aqueles
serviços que lhe são de direito. Eu colocaria, neste período de Liderança, que,
no dia de ontem, nós visitamos - a Comissão de Educação, a Verª Sofia Cavedon e
eu - a Escola Municipal Nossa Srª do Carmo, no bairro Restinga Velha. Eu
confesso que não conhecia essa Escola, não sei se alguém conhece, mas é uma
Escola, Ver. Adeli Sell, que, conhecendo-a, dá vontade de chorar, porque é uma
escola de madeira como aquelas que o Brizola construiu em 1958, 1959, a título
precário, em caráter emergencial. Escolas que eram para durar apenas um período
curto de cinco anos e ali permaneceram por 30 anos. Agora, surpreendentemente,
Verª Maristela, essa Escola foi construída em 2002. Em 2002 ela foi construída
em precárias condições. Eu que tenho experiência como Secretária Municipal e
Estadual de Educação e de Conselheira do Conselho Estadual de Educação digo
que, se eu fosse do Conselho Municipal, interditaria essa Escola, porque ela
tem algo muito grave: foi construída para cento e poucos alunos e tem 700.
Nunca aumentaram os banheiros, ela tem um pavilhão que parece que está em cima
de palafitas, porque é um banhado ao redor, com uma água parada. É claro que
isso não foi feito agora no Governo Fogaça, isso vem de 2002, e o que nós
sentimos é uma profunda indignação, porque quando passamos pela Secretaria
Municipal nos acusavam de fazer “elefantes-brancos”. Não, nós fazíamos escola
de qualidade que o filho do pobre tem direito, e pensando, Ver. João Antonio
Dib, a curto, médio e longo prazo, nenhum administrador público pode construir
uma escola pensando em esgotar a sua capacidade no outro dia. Nós temos de ter
visão, e essa visão é o que eu não vi na construção dessa Escola. Agora está lá
a situação posta, é claro que o Governo atual, que está há dois anos e sete
meses, já poderia até ter feito um prédio novo. E eu digo isso, porque, como
fui dois anos e sete meses Secretária Municipal da Educação, só não fiz chover,
não é Ver. Luiz Braz?!
(Aparte anti-regimental do Ver. Luiz Braz.)
A SRA. NEUZA CANABARRO: Obrigada. Ele
está dizendo que eu fui a melhor. Mas em dois anos e sete meses, Ver. João
Antonio Dib, eu construí para valer; recuperei todas as escolas de Porto
Alegre, ampliei, e apenas a Ildo Meneghetti não teve absolutamente nenhuma
ampliação, mas foi toda recuperada. E recuperar, para mim, não é fazer
maquiagem, não é passar tinta, Verª Maristela; recuperar é como eu fiz lá na
Emílio Meyer, onde tirei todas as esquadrias, todos os banheiros, e recuperei
de cima a baixo.
Então, o que nós vimos lá na Escola Nossa
Senhora do Carmo não é responsabilidade do Governo Fogaça - as condições em que
está - porque ela já foi gerada mal. Agora, tem, isso sim, que ser recuperada,
e cabe a responsabilidade de atender os alunos que estão lá, em situação de
penúria, e isso é o que nós pedimos aos Vereadores de Porto Alegre,
principalmente aos da base do Governo. Na visita, ontem, da Comissão de
Educação, eu estava sozinha representando o Governo, mas fiz a minha parte.
Agora, espero que, com a colaboração de todos, se possa fazer uma pressão
política para que a ação lá ocorra, porque existe um empurra para cá, empurra
para lá, entre DEMHAB, SMAM e SMED, e o Prefeito, lamentavelmente, é quem vai
“pagar o pato” de toda essa Gestão mal havida. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Verª
Neuza.
O Ver. Elias Vidal está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ELIAS VIDAL: Srª Presidenta, Verª Meneghetti; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; público
que nos assiste nas galerias desta Casa Legislativa e em suas residências
através da TVCâmara, quero fazer um registro a respeito de um assunto que os
senhores, na última semana, leram nos jornais, viram pela televisão, que
invadiu os veículos de comunicação através do site, sobre um jovem que
fez uma manifestação no palco do Festival de Cinema, em Gramado, e também quero
falar sobre a Saúde.
Eu fui surpreendido
quando algumas pessoas ligaram para o meu gabinete e perguntavam se era este
Vereador que havia subido ao palco e feito uma manifestação. Tive, então, que
explicar que não era o Ver. Elias Vidal, não era este Vereador, mas, sim, o meu
sobrinho, Elias Vidal Sobrinho, filho da minha irmã.
Muitos não entenderam
a razão da sua manifestação. Meu sobrinho entrou em contato comigo e disse que
queria explicar melhor o conteúdo da manifestação. Em uma conversa de tio para
sobrinho - coisas de família -, ele me disse que, como o Festival de Cinema de
Gramado completou, nessa última edição, 35 anos, há 33 ou 34 anos nunca houve,
ali, uma calçada da fama, não havia um espaço para registrar o nome de pessoas
que influenciaram gerações; monstros sagrados do cinema, da arte, da cultura,
da televisão não deixaram ali suas pegadas, suas marcas. Elias Vidal Sobrinho -
um poeta, vive de poesia, não faz outra coisa, vive da poesia, escreve suas
poesias, faz cartões postais com suas poesias -, então, me disse: “Já deveria,
há muitas décadas, ter uma Calçada da Fama”.
Então, ele começou um
movimento na Cidade pegando assinaturas de pessoas, conhecidos por todos nós,
da televisão, do cinema, há dois, três anos - pena que não tenha aqui comigo.
Elias Vidal Sobrinho está aqui na platéia – um jovem que foi visto pela
televisão por pessoas na Inglaterra, na Suíça -, aquele jovem que está com a
Bandeira no pescoço. (A pessoa se identifica.) Ele, que subiu ao palco e fez a
sua manifestação, é, na realidade, o pai da idéia da Calçada da Fama. Como
disse Bibo Nunes, ontem à noite: “surrupiaram o teu projeto”. Acho que sim,
porque ele tentou de todas as formas, até com a Câmara de Vereadores e com o
Executivo, sem sucesso, não deram importância para alguém que já estava há dois
anos fazendo todo um trabalho. E o mais importante é que a Calçada da Fama, que
registra o nome da pessoa, teria o nome Hortências de Ouro, porque a hortência
simboliza a Serra, especialmente Gramado, e, contemplando os deficientes visuais,
a primeira Calçada da Fama do mundo com essa visibilidade.
Depois de muitas
tentativas sem sucesso, ele achou por bem, então, fazer a sua manifestação no
palco com a Bandeira do Brasil e a Bandeira do Rio Grande do Sul. Inclusive o
Ver. Newton, que estava no local no momento, me disse que o público se
manifestou pedindo que ele falasse. Mas “alguém”, com a bandeira do Brasil e
com a bandeira do Rio Grande do Sul, recebeu uma gravata, cortaram o seu
direito de fala. Mas ele fez a sua manifestação, seu protesto, com a cara
pintada de verde e amarelo, com a Bandeira do Rio Grande do Sul e do Brasil e
chamou a atenção.
Ele deu a sua contribuição para Gramado, que é uma referência nacional, é um
orgulho para todos nós, gaúchos. Qual é o âmago do protesto? Não foi porque
surrupiaram o projeto, disse ele. Não, não é. Disse ele: “Tio, o pódio de um
PAN, de uma Copa do Mundo, de um campeonato é para os atletas. No PAN, são os
atletas que devem subir no pódio, não é o patrocinador, não é o Vereador, o
Deputado, o Prefeito, o Governador, mas, sim, o atleta no pódio.” Ninguém viu,
no PAN, por exemplo, a não ser os atletas, alguém ganhando a medalha de ouro ou
de prata. A Calçada da Fama, segundo ele e segundo o entendimento lógico,
equilibrado, racional, é para os artistas e não para o político, não para o
parlamentar, não para o empresário e não para o patrocinador. Esse foi, na
realidade, o seu protesto, quando ele fez o movimento voltado para a arte, para
a cultura, para os artistas, para o pessoal do teatro e do cinema. Ele disse:
“Tio, poderia, como Vereador, colocar o teu nome, mas, se dependesse de mim, eu
não deixaria o teu nome ir para a Calçada da Fama, porque a Calçada da Fama é
para as pessoas da arte, da cultura, do cinema”. E eu vi lógica nisso. E o Ver.
Newton, que estava lá, disse que foi bonito ver a manifestação dele, o povo
aplaudindo, pedindo que ele falasse, mas não deram o direito da fala. Mas eu
acho que ficou registrado, ali, o seu protesto e a contribuição dele para o
Estado do Rio Grande do Sul e para o Brasil, porque essa Calçada da Fama só
saiu a partir do seu trabalho na cidade. O nosso muito-obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): A Verª
Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidenta,
Verª Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
senhoras e senhores, jovens adolescentes que estão aqui nos prestigiando neste
momento, senhores e senhoras da imprensa, eu gostaria, hoje, de voltar a um
assunto que diz respeito a todos nós - em especial a quem mora longe do Centro,
como eu, por exemplo, que moro na Lomba do Pinheiro, vocês que moram na
Cruzeiro, enfim, na Grande Porto Alegre - em relação aos Portais. Vocês já
viram que a tática dessa Prefeitura, desse Governo que está aí é trabalhar
escondido; basta ver o resultado da Sollus, agora, as questões dos nossos PSFs,
e em relação à questão dos Portais.
Vejam bem, observando os Anexos, principalmente
o Anexo II, da manifestação de interesse, divulgado no site da
Prefeitura, foi possível perceber que a quantidade de passageiros que deveriam
ser transportados é superior à oferta de lugares do horário do pico, tanto da
manhã, quanto da tarde, Ver. João Antonio Dib, uma vez que o veículo do projeto
um é ônibus articulado com capacidade, segundo os fabricantes, de no máximo 140
passageiros.
A capacidade por hora é dada se considerando que
cada ônibus sai do terminal com intervalo de um minuto. Pico da manhã, entre 7h
e 7h59min. Exemplo: o Largo Zumbi, 10.407; capacidade por hora: 8.400
passageiros; passageiros que não foram transportados em 2007, na Parada
Fernando Machado: 10.216; capacidade por hora: 8.400 passageiros; passageiros
não transportados: 1.816. Pico da tarde, entre 18h e 18h59min. Na parada da Rua
da Praia, Esquina Democrática, 9.940; capacidade por hora: 8.400 passageiros;
passageiros não-transportados: 1.540; Parada Fernando Machado: 10.260.
Segundo o site da Prefeitura, as saídas
dos ônibus serão a cada 1 minuto e 30 segundos. Logo, a capacidade por hora
cairá para 5.600 passageiros por hora, alterando o volume de passageiros
não-transportados para o valor mínimo de 4.340, e valor máximo de 4.807.
Veja bem, parece tão distante de nós, que
moramos lá na vila, mas é nisso que estão nos engambelando.
É importante salientar que áreas como a Câmara
Municipal, a Receita Federal, a Usina do Gasômetro e o entorno sofrerão um
isolamento, sendo que a forma mais fácil de se chegar a essas localidades por
ônibus será descendo a Borges de Medeiros, próximo aos Açorianos, e escolher
entre seguir a pé ou pagar mais uma passagem, utilizando a Linha T1.
Um argumento muito comum para a implantação dos
Portais, usado pela Prefeitura, é o fim das longas filas de ônibus que se
formam nos corredores, só que as filas, senhoras e senhores, continuarão, por
exemplo, na Av. Assis Brasil, pois os ônibus que por ali trafegam terão seu
final de linha no atual Largo Cairu. Logo, na Assis Brasil, não haverá mudanças
quanto à quantidade de ônibus.
Outro argumento comum é a redução do tempo para
se chegar ao Centro. Mas este argumento se torna frágil quando analisamos a
questão da Av. Osvaldo Aranha. Os ônibus que por ali trafegam irão para o Largo
Zumbi, ao invés de entrarem em direção ao túnel que dá acesso à Rodoviária.
Portanto, o usuário que desejar ir à Rodoviária acabará indo até o Largo Zumbi,
para depois pegar o ônibus que vai transitar na Av. Borges de Medeiros em
direção ao Mercado Público, e, depois, na Avenida Júlio de Castilhos, para
finalmente chegar à Rodoviária. Será que vai ser mais rápido mesmo?
Provavelmente haverá um aumento de volume de
tráfego no entorno dos futuros Portais, principalmente o do Largo Zumbi dos
Palmares. Deve-se avaliar se as ruas do entorno têm capacidade física -
dimensão de faixa de rolamento e de calçada - suficiente para esse aumento da
demanda, pois não devemos esquecer que o Projeto inclui shopping centers,
que são concentradores de pedestres e carros.
E, para finalizar, o sistema que estão tentando
implantar em Porto Alegre só leva o nome de BRT. Um sistema desses - também
chamado de trem sobre pneus - consiste em corredores atravessando a Cidade, com
terminais distante do Centro da Cidade, ou, como acontece em Curitiba, até fora
da cidade. Nas cidades vizinhas, por exemplo, o terminal do eixo leste-oeste é
em Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Em Porto Alegre, nenhum terminal
está a mais de cinco quilômetros do Centro. No caso do Largo Zumbi dos
Palmares, o terminal pode ser considerado dentro do Centro, no máximo no
entorno do Centro.
Se fizermos uma comparação entre Curitiba e
Porto Alegre, Verª Margarete Moraes, veremos que o corredor leste-oeste na
Capital paranaense teve um investimento de 55,6 milhões de reais para reforma
de quatro terminais e construção de dois, com 36 paradas novas por sentido,
totalizando 72 estações tubo, numa extensão de 20 quilômetros no novo corredor
e o alargamento de duas avenidas.
O valor orçado para Porto Alegre, senhoras e
senhores, é de 270 milhões de reais; ou seja, 4,8 vezes maior que o de
Curitiba, para quatro terminais, sendo que um já está pronto; 23 paradas, sendo que sete já existem; 17 quilômetros de extensão,
sendo que em 9 quilômetros já existe corredor pronto.
Por tudo isso,
senhoras e senhores, vamos ter respeito por esses cidadãos que são o presente e
o futuro da nossa Cidade. Estão nos engambelando com shopping centers
sofisticados para a Cidade, o que vai beneficiar somente os grandes, quebrar os
pequenos e médios empresários do comércio, desempregar as mães trabalhadoras,
as comerciárias, e fazer uma baldeação para a qual Porto Alegre diz não. Muito
obrigada, Srª Presidenta, pela tolerância. Parabéns a vocês por estarem aqui.
(Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Havendo
quórum, passamos à
Em votação o Requerimento de autoria das Lideranças da Casa, para
apreciação das seguintes matérias constantes na Ordem do Dia: PLL nº 221/06; PELO nº 008/05; PR nº 058/07; PLL nº 035/07; PLL nº 095/07;
Requerimento nº 101/07; PLL nº 208/06; PLL nº 008/07; PR nº 050/07; PLL nº
106/06; PLL nº 200/06; PLL nº 327/03 e PLL nº 433/03.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB (Questão de Ordem): Srª Presidenta, Verª
Maria Celeste; eu quero dar a concordância da minha Bancada para a exposição
feita, mas não posso deixar de registrar a minha profunda tristeza de não ver
aí o Requerimento de Urgência que fiz e ver o Requerimento que entrou ontem. E
o Requerimento de Urgência, no entendimento deste Vereador, deveria ser votado
imediatamente, até porque eu não gostaria de pedir - e não vou pedir - o
maléfico art. 81, porque eu acho um crime fazer isso. Mas, de qualquer forma,
fica o registro da minha tristeza. Saúde e PAZ!
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Está feito o registro do Ver.
João Antonio Dib. Lembramos que este é um acordo de Lideranças possível para a
Ordem do Dia de hoje.
Em votação o
Requerimento referente à ordem de votação dos Projetos. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 5195/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 221/06, de autoria do
Ver. Ervino Besson, que oficializa, no Município de Porto Alegre, a Semana
Municipal da Região Cruzeiro, como evento de caráter econômico, social,
cultural e turístico, a ser realizado, anualmente, entre os quinze últimos dias
do mês de setembro, e dá outras providências.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Marcelo Danéris: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na
Ordem do Dia em 14-05-07.
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Em discussão o PLL nº 221/06.
(Pausa.) O Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir o PLL nº 221/06.
O SR. ERVINO BESSON: Minha cara Presidenta Verª Maria Celeste, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e no Canal
16 da TVCâmara, queria saudar a todos. Primeiramente, queria agradecer à
Presidenta Verª Maria Celeste pela forma cordial e democrática como preside
esta Casa. Também quero, aqui, agradecer aos meus queridos colegas Vereadoras e
Vereadores que aceitaram não falar no período de Pauta, no dia de hoje, para
que pudéssemos adiantar o horário para atendermos a nossa querida comunidade
que está aqui, com as crianças que estão desde as 14h 30min. Então agradeço ao
Ver. Carlos Comassetto, Ver. Newton Braga Rosa, Verª Margarete Moraes, Ver.
Guilherme Barbosa, Ver. João Antonio Dib, Ver. Adeli Sell, Ver. Marcio Bins
Ely, Verª Maria Luiza e ao Ver. José Ismael Heinen. Portanto, fica aqui o
meu agradecimento.
Quero registrar aqui
a presença do Paulo Jorge Cardoso, Presidente da Associação de Moradores Tronco
Neves e Coordenador do Fórum de Entidades da Vila Cruzeiro do Sul, que é
composto por 29 entidades. Registro o meu abraço ao meu querido Paulo, que
merece aplausos. Quero também cumprimentar a Carmem Santos, Coordenadora do
Orçamento Participativo da Região Cruzeiro do Sul, Secretária da Governança
Local e Coordenadora da SMED, receba o nosso abraço. Também cumprimento a
Josiane Cardoso, Coordenadora Administrativa da Associação Tronco Neves e
Conselheira da Assistência Social da região Cruzeiro do Sul; também a
Associação do Beco do Largo; ao Antonio Daniel o nosso abraço; à nossa
Associação Mato Grosso e às nossas queridas crianças; à Associação
Orfanotrófio, à Dona Dalva o nosso abraço; à Associação Santa Anita, à Domingas,
o nosso abraço; Jorge Lima, da ONG; e Casa de Nazaré, Dª Jurema. Em nome de
todos vocês – me permitam -, nós queremos aqui enviar o nosso mais profundo
abraço ao nosso querido tio Ângelo, um homem que ama a comunidade de vocês, ama
esse povo! Vamos pedir a Deus, fazer um pensamento positivo, e - já pedi, na
segunda-feira, quando estivemos lá na Associação assistindo àquela bela
apresentação das crianças -, mais uma vez, vou pedir: vamos fazer uma prece
para que o nosso grande líder tio Ângelo se recupere, porque ele tem muito a
fazer ainda pela sua comunidade, que ele tanto ama, que ele tanto defende. E
também foi idéia dele de trazer este Projeto aqui na Câmara, para que fosse
criada a Semana dessa comunidade tão unida, dessa comunidade que tanto representa
o povo ordeiro, o povo trabalhador, o povo voltado principalmente ao nosso
jovem! Fica aqui o nosso reconhecimento ao nosso querido tio Ângelo.
Portanto, meus caros
Vereadores e Vereadoras, este Projeto que votaremos daqui a pouco, tenho a
certeza de que receberá a votação unânime de Vossas Excelências.
É o reconhecimento
que a Câmara de Vereadores tem com relação a essa comunidade da Cruzeiro, uma
comunidade que trabalha; lá, nós temos uma liderança que faz um belíssimo
trabalho. Como eu já disse, quando estivemos lá, na segunda-feira, Paulo, na
Associação, juntamente com várias lideranças, deu para sentir o amor da
comunidade pelos nossos jovens; e o que está faltando tanto, hoje, é
incentivarmos esses jovens. Vocês serão o futuro deste País! Vocês estão aqui,
meus queridos jovens, desde as 14h 30min, já deram uma volta na Câmara, se
comportaram de uma forma muito educada. Isso é uma coisa que nos alegra muito,
é algo que demonstra como é a comunidade de vocês!
Portanto, eu quero
aqui, em meu nome e de toda a Casa, parabenizar todas as lideranças daquela
comunidade, pelo trabalho de vocês. Agora, com esta Lei que nós vamos votar
daqui a pouco, a pedido da comunidade, será mais um reconhecimento da Casa, da
Cidade, como um incentivo para vocês.
Vocês podem
apresentar o trabalho de vocês, um trabalho culinário, enfim, havia tantas
coisas boas quando estivemos naquela feira, no ano passado, naquela avenida que
vocês apresentaram lá para a comunidade; o Prefeito esteve lá junto, também, e
saiu encantado com o trabalho de vocês, com essa união, com essa
lealdade de vocês, juntamente com a comunidade. Portanto, fica aqui esse
reconhecimento. Agora, sim, a comunidade vai ter uma lei, para que vocês
possam, pelo menos uma vez por ano, apresentar o trabalho, o artesanato, a
culinária de vocês - aquele dom que Deus deu a cada um de vocês -, para que
vocês possam ter mais um rendimento para o sustento de suas famílias, para que
vocês possam ter mais um ganho, pois a vida, hoje, não está fácil para ninguém.
Graças a Deus, vocês têm uma comunidade unida, e nós, aqui, temos muito orgulho
de visitá-los. Na segunda-feira, nós estivemos lá, juntamente com o Secretário
Kevin Krieger e diversas lideranças, e ele destacou, também, o orgulho que o
Prefeito tem cada vez que visita a comunidade, geralmente com as lideranças que
lá trabalham. Paulão, em teu nome, eu quero saudar toda essa liderança e deixar
o nosso abraço, o nosso carinho, a nossa gratidão e o reconhecimento que nós
temos do trabalho de vocês. Crianças, um beijo para vocês. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra
para discutir o PLL nº 221/06.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores, colegas Vereadoras,
senhoras e senhores que nos assistem, comunidade da Vila Cruzeiro, do bairro
Cristal, comunidade que vem, aqui, hoje, discutir conosco e buscar aprovação de
um Projeto que, com certeza, é um Projeto que vai trazer riqueza sob o ponto de
vista da afirmação da cidadania da juventude que hoje está aqui. Eu quero
parabenizar o Ver. Ervino Besson; e já vou dizer que o meu voto, aqui, hoje, é
um voto favorável, numa afirmação e numa retribuição ao Ver. Ervino, pois, no
dia 23 de setembro de 2005, nós votamos, aprovamos e instituímos a Semana
Cívica da Restinga, a qual já existia, mas se tornou uma Semana Cívica Oficial.
Agora no dia 6 de setembro, lá na Restinga, haverá o desfile da Semana Cívica;
lá vão desfilar cinco mil crianças. Obviamente que não foi o Projeto que trouxe
toda essa dimensão, nós auxiliamos a oficializar isso e colocar no Calendário
Oficial. Obviamente que o trabalho de vocês está acima da grandeza de um
projeto de lei, que, neste momento, oficializa isso, coloca no Calendário Oficial
da Cidade, portanto, o trabalho que cada um faz naquela comunidade.
E por falar nisso, permitam-me todas as
instituições já nominadas pelo Ver. Ervino Besson, eu quero fazer uma
referência específica à Casa Nazaré,
porque a Casa Nazaré tem um trabalho com a juventude para buscar a sua
reabilitação. Hoje, Ver. João Antonio Dib, Verª Margarete Moraes, a Irmã Conceição, com seus cabelos
brancos, trabalha pela manhã, à tarde e à noite, junto com a comunidade.
Aconteceu, nos últimos dias que a Irmã Nazaré,
com toda sua equipe, veio aqui, Dr. Goulart, na nossa Comissão de Defesa do
Consumidor e Direitos Humanos, uma denúncia de que a Casa de Nazaré foi
invadida, a Brigada Militar retirou um jovem lá da padaria e o levou. Isso não
se faz, não se trata dessa forma as comunidades que se organizam e que buscam
que os seus projetos sejam de afirmação. E a comunidade da Vila Cruzeiro vem
como um todo que está aqui hoje, com a juventude demonstrando que conquistar um
projeto parece simples, um projeto como esse, mas ele não é tão simples. Porque
nós estamos tratando de um projeto, como a Casa de Nazaré, que trabalha com a
juventude no seu resgate; um trabalho como a Associação da Orfanotrófio 2, que
faz o trabalho da comunidade; um trabalho que faz a Associação da Mato Grosso,
que discute, que organiza, que faz seus campeonatos de futebol, que tem todo um
trabalho com a comunidade, com as creches, com o artesanato, um trabalho de
educação. E aí nós poderíamos citar todas essas entidades que vêm fazendo esse
trabalho.
Eu quero fazer outra referência. Há poucos dias
- e um grande problema da Saúde -, as lideranças que estão aqui estavam todas
lá discutindo para que o PAM-3, para que o Postão não fosse fechado; é isso que
nós estamos votando hoje aqui. É um Projeto que reconhece a Semana Municipal da
Região Cruzeiro como um evento de caráter econômico, de caráter social, de
caráter cultural, de caráter turístico; e tudo isso é educativo para a Cidade.
Educação é nós afirmarmos a cidadania. Portanto, a juventude que está aqui hoje,
que dia a dia trabalha junto com os professores, junto com a comunidade, junto
com os educadores, busca construir uma cultura e uma cidadania da paz. É isso o
que nós queremos e é disso que nós precisamos.
Vereador Ervino, comunidade da Cruzeiro, comunidade
de Porto Alegre, meus parabéns, e continuem ajudando a construir a Porto Alegre
da paz, a Porto Alegre da afirmação da cidadania. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PLL nº 221/06.
O SR. JOSÉ ISMAEL
HEINEN: Excelentíssima Srª Presidenta desta Casa, nobres
Vereadores, de um modo especial à comunidade da Cruzeiro, o meu abraço; eu
quero começar parabenizando a presença da comunidade neste momento e também o
meu colega, Ver. Ervino Besson.
Sou a favor de que
todos os bairros, regiões de Porto Alegre, meus senhores, tenham condições e
oportunidade de se organizar. Eu tenho uma idéia formada; por exemplo, o
Orçamento Participativo tinha que ser bairro por bairro, com os delegados
escolhidos dentro do próprio bairro, pois pessoas que conhecem o bairro é que
podem resolver os problemas do bairro, podem reivindicar.
Vejam senhores, diz
no Projeto, e eu acho muito importante (Lê.): “... a Semana Municipal da Região
Cruzeiro, como evento de caráter econômico, social, cultural e turístico ...”.
E que essa Semana seja, nobre Ver. Ervino Besson, uma Semana em que, realmente,
a comunidade possa discutir as prioridades do seu bairro, discutir as
dificuldades do seu bairro. Aí ela terá, logicamente, a finalidade deste Projeto
que vamos votar, que sou a favor; este Projeto terá uma valia, terá resultados
práticos. Que essa Semana seja, realmente - além de fazer feiras, além de fazer
festas -, para discutir todos os problemas do bairro, tudo que aflige o bairro,
para serem levantadas as potencialidades do bairro nessa Semana e encaminhadas,
através de fóruns, para o Poder Público. Uma comunidade unida pode fazer um
monte de coisas – com que os nossos PSFs, os postos de saúde sejam
brilhantemente defendidos, como exemplo.
Com relação à violência, hoje, no nosso Brasil,
no nosso Estado, na nossa Cidade – trago como modelo para essa situação -, nós
não podemos botar policial na porta de cada casa, nós não podemos achar que vamos
resolver a violência e num determinado local estar acontecendo ponto de drogas
ou o crime organizado. Nós temos de atender à violência como uma teia de
aranha, numa amplitude total. Mas, da maneira como está hoje, nobre povo da
região Cruzeiro, nós temos que, ao menos, estar organizados na nossa comunidade
para que espantemos esse crime organizado, essa violência do convívio do nosso
bairro. Ao menos isso temos que fazer, porque isso é salvar as vidas dos nossos
filhos, enquanto não tivermos um Ministério da Justiça responsável, com
amplitude para combater o crime na sua integralidade.
Parabéns, Ervino Besson, tens meu apoio para a
aprovação deste Projeto e dou os parabéns à comunidade e entrego esses desafios
para que a Semana realmente sirva para o desenvolvimento, para a cultura do
povo dessa região maravilhosa de Porto Alegre. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLL nº 221/06.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta,
Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, em primeiro
lugar quero dizer que vou votar favoravelmente ao Projeto do Ver. Ervino
Besson. (Palmas.)
Em segundo lugar eu quero dizer que não criem muitas
esperanças de funcionamento dessa Semana, porque, se não estiver presente a
Prefeitura Municipal, a coisa vai ser mais difícil. Eu conheço muito bem as
associações de bairro, eu conheço muito bem a grande Cruzeiro do Sul, eu tenho
lembrança daquela extraordinária figura, que era o Padre Rômulo, que levantava
a comunidade, na sua paróquia. Muitas vezes eu fui
ouvir música, tomar café da tarde, e a comunidade estava lá. Quando eu fui
Prefeito, nós fizemos uma série de alterações junto com a coletividade,
empregando trabalhadores da coletividade. Portanto, quando a Prefeitura está
presente, a coisa fica mais fácil. Agora, as duas associações, o Conselho
Popular da Santa Tereza e a União das Vilas da Grande Cruzeiro vão ter
dificuldades de sozinhas enfrentarem o problema. De qualquer forma, eu fico
contente porque eles vão tentar fazer, vão tentar crescer por seus próprios
meios. Lamentavelmente, volto a dizer, não está a Prefeitura enquadrada neste
Projeto de Lei. Mas de qualquer forma, eu quero desejar absoluto sucesso para a
União das Vilas da Grande Cruzeiro e para o Conselho Popular da Santa Tereza.
Saúde e PAZ! (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. MARIO FRAGA: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores;
público que nos assiste pela TVCâmara, crianças aqui da Vila Cruzeiro,
professores e monitores, nosso boa-tarde a todos, sejam bem-vindos! Subo aqui
para fazer um elogio e dizer: claro, com certeza, votarei favorável ao Projeto
do Ver. Ervino Besson, (Palmas.) da nossa Bancada, Projeto que cria a Semana
Municipal da Região da Cruzeiro, da nossa Vila Cruzeiro.
A todos nós, Vereadores - somos 36 -, a Vila
Cruzeiro “abraça”, todos os dias, toda hora, mas, em especial na época de
eleição, em que nós passamos lá, e cada um tem o seu cantinho na Grande
Cruzeiro, todos nós temos o nosso espaço lá! Faço aqui a referência e dou os
parabéns ao Ver. Ervino Besson, que faz esta justa homenagem à nossa Grande
Cruzeiro. E eu, que tenho o meu espaço lá, dentro do futebol, faço uma
homenagem hoje, aqui, gurizada, ao Arsenal, que é lá da Cruzeiro e foi o
Campeão da Copa Paquetá de Esportes, em 2007, o Arsenal do Maninho e sua turma,
do Tati, do pessoal todo da Cruzeiro. Eu venho aqui fazer este registro ao Ver.
Ervino Besson e também à Cruzeiro, em especial ao Arsenal pelo título que
ganhou este ano na Copa Paquetá quando representou muito bem a Vila Cruzeiro!
Meus parabéns a vocês! Contem comigo! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Márcio
Bins Ely está com a palavra para discutir o PLL n° 221/06.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Srª Presidenta,
Maria Celeste; na pessoa de V. Exª quero cumprimentar os demais Vereadores e
Vereadoras desta Casa, em especial esta gurizada jovem que nos brinda com a
presença, hoje, as escolas aqui representadas, os funcionários, os professores
que aguardam, durante praticamente toda a tarde de hoje, a aprovação deste
Projeto. Os nossos cumprimentos à iniciativa do Ver. Ervino Besson!
Nós sabemos quanto é importante para a nossa
Cidade a Região da Cruzeiro, da Grande Cruzeiro, com um número expressivo de
escolas, de moradores, a nossa querida comunidade. Eu estava aqui folheando um
Informativo do meu Gabinete – o informativo de atividades parlamentares do meu
Gabinete – e vi que está aqui apontada uma visita que fiz ao Centro Social da
Vila Cruzeiro, vinculado à Fundação de Proteção Especial, onde é desenvolvida
uma série de trabalhos com as crianças no turno invertido da escola. Estive em
visita ao prédio, à gráfica, à tecelagem, às gurias da dança. Sabemos que um
trabalho muito bonito é desenvolvido ali e temos certeza, Ver. Ervino, de que
sua iniciativa vem justamente no sentido de destacar essa região, de
oportunizar que, no período previsto neste Projeto de Lei, nos 15 últimos dias
de setembro, o Poder Público esteja investindo, criando uma semana com
atividades que façam o entrosamento da sociedade civil organizada como um todo.
Falo em nome das associações de moradores, dos
clubes de mães que estão abrangidos por essa região da Grande Cruzeiro. Os
nossos cumprimentos e o encaminhamento também no sentido de acompanhar e
aprovar esse importante Projeto que irá destacar, com certeza, uma região tão
importante da nossa Capital.
Parabéns a vocês que estão aqui nos prestigiando
hoje. Os nossos cumprimentos e o nosso apoio. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o
PLL nº 221/06. (Pausa.) A Verª Maristela Maffei está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 221/06.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, comunidade aqui
presente, Ver. João Dib, a quarta edição já está acontecendo lá na nossa
comunidade da Vila Cruzeiro, só não está ainda oficializada. É o que nós vamos
fazer, inclusive com o voto do Ver. João Dib. Então, pontos para ele também.
Quero lembrar aqui alguns nomes, e aqui já foram
ditos alguns pelo Ver. Ervino Besson: primeiro, esse grande líder comunitário,
o Paulo Jorge; a Josiane, a Viviane, o Ratinho, a Eliane, o Marcos, a Inaiá, a
Sandra, a Cristiane... Vejam bem, senhoras e senhores, a Grande Cruzeiro e a
Lomba do Pinheiro, onde moro, foram as comunidades, por meio da união de vilas, as organizações que encaminharam, na
época, para a Prefeitura Municipal e acabaram conquistando a unidade das
passagens. Vocês sabiam disso? Como é que eles nos vêem? A maioria nas páginas
policiais... E está aqui um povo civilizado como qualquer bairro nobre desta
Cidade.
Quero dizer que vocês
têm todo o nosso apoio, e nós estaremos lá, sempre, Paulo Jorge, com vocês,
como ocorre também no bairro Lomba do Pinheiro e em tantas outras: bairro Bom
Jesus, Vila Jardim, o bairro Restinga, enfim, todas as vilas aqui da nossa
Porto Alegre que fazem a beleza desta Cidade. Fica o voto do PCdoB e, com
certeza, de toda esta Casa. Viva a Cruzeiro, viva Porto Alegre. Valeu.
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): O Ver. Adeli Sell está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL nº 221/06.
O SR. ADELI SELL: Verª Maria Celeste, colegas Vereadores e Vereadoras, comunidade da
grande Cruzeiro, em nome da minha Bancada, a do Partido dos Trabalhadores,
composta aqui por nove Vereadores e Vereadoras, declaro: somos favoráveis ao
Projeto e queremos, mais do que aprovar e oficializar a Semana da Grande
Cruzeiro, ser convocados por essas comunidades, associações de moradores,
creches, clubes de mães, instituições, para estarmos, em todos os momentos
necessários, presentes em sua comunidade, dando apoio, discutindo os problemas
da falta de creches, o problema do transporte coletivo, o problema da
regularização fundiária que é um grande tema da grande Cruzeiro, e nós vamos
pautar isso inclusive no Plano Diretor.
E nós queremos mais,
queremos discutir com vocês a questão do Conselho Tutelar, a ajuda para que
tenhamos, cada vez mais, instituições qualificadas, e, nesse sentido, nós não
somos aqueles que convidamos vocês para vir aqui; nós queremos - a Bancada do
PT - que vocês nos convoquem para as atividades da grande Cruzeiro, porque
somos lutadores por uma Cidade cada vez melhor e com bem-estar para o seu povo.
Muito obrigado. Vitória nessa proposição.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL n° 221/06.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, público que nos
assiste, em especial as diversas escolas, monitores, professores, crianças e
moradores da região da Vila Cruzeiro, falo em meu nome, em nome do Ver. Elias
Vidal e em nome da Verª Clênia Maranhão. Primeiramente, queremos parabenizar o
Ver. Ervino Besson por essa iniciativa que oficializa a Semana Municipal da
Região Cruzeiro. E, como ele mesmo coloca aqui a questão, trata-se de um evento de caráter econômico, social,
cultural e turístico a ser realizado, anualmente, entre os 15 últimos dias do
mês de setembro e dá outras providências.
Esse evento já é realizado,
mas o caráter de oficialização tem um outro sentido. Primeiro, é o respaldo
desta Casa e, mais, da questão do Executivo de legitimar algo que surgiu de
forma espontânea para a própria comunidade. Então nós queremos resgatar isso e
dizer da importância, Ver. Ervino Besson, quando V. Exª percebe algo que já
existe, mas que está latente. E por que não oficializar? Isso é muito
importante.
E, ao mesmo tempo,
quero cobrar de V. Exª esse compromisso para que, juntamente com aos moradores
da Cruzeiro, se organizem para os pleitos, junto ao Orçamento Participativo,
das diversas demandas, para que cada vez mais essa Semana possa crescer dia a
dia.
Então, em nome do
nosso Partido, Partido Popular Socialista, queremos parabenizá-lo e parabenizar
a comunidade, porque é ela, sim, que vai ganhar com a aprovação e oficialização
desse Projeto. Parabéns a todos. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 221/06.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Maria
Celeste, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu posso, em meu nome e
em nome dos Vereadores Newton Braga Rosa e João Carlos Nedel, afirmar que
haverá três votos do meu Partido. Mas eu gosto das coisas feitas com clareza.
Eu tenho uma vivência muito grande com as associações de bairros - tive, não
tenho -, porque não há mais associações de bairros. Elas foram massacradas por
aqueles que dizem ali, na tribuna, que é tudo maravilhoso, tudo azul.
Volto a dizer: eu não
sabia - e a Verª Maristela Maffei me chamou a atenção sobre isto - que não é a
primeira vez que se vai organizar essa Semana. Eu fico contente, se eu tivesse
sido convidado, podem ter certeza de que eu teria ido lá; não fui convidado,
mas continuo dizendo que a oficialização traz uma responsabilidade muito
grande, e, se não houver apoio da Prefeitura, muito pouco vai poder ser feito
por pessoas que têm toda boa vontade do mundo, mas não têm todas as facilidades
do mundo.
Eu tenho em mãos aqui um livro escrito pelo
ex-Vereador desta Casa, Ver. Heriberto Back. Claro que lá na Vila Cruzeiro do
Sul todo mundo sabe quem é Heriberto Back - pelo menos eu penso que saibam. Ele
demoliu o seu automóvel em um monumento da Vila Cruzeiro, andando pelas vilas
desta Cidade em nome das associações. Naquele tempo, as associações eram
ouvidas; mas os 16 anos que se passaram foram um terror para as associações. E
eu espero que as duas associações – o Conselho e a Associação - consigam apoio
da Prefeitura, o que não está no Projeto de Lei. E quero dizer, também, que, no
passado, a Prefeitura apoiou as associações sem que houvesse lei nenhuma.
Inclusive, nós fornecemos para a FRACAB todas as instalações em cima do
Mercado.
Então eu formulo votos, em nome da minha Bancada,
Ver. Newton Braga Rosa, Ver. João Carlos Nedel, de que a Semana seja realmente
um sucesso, (Palmas.) e que haja todas as condições de trabalhar em prol da
Vila Cruzeiro do Sul, que realmente precisa de um trabalho de todos. A
oficialização talvez a aproxime mais da Prefeitura. Esse é o nosso voto. Saúde
e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Dr. Raul
está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 221/06.
O SR. DR. RAUL: Minha saudação
à Srª Presidente, aos Srs. Vereadores, a todas as lideranças da Grande
Cruzeiro, às crianças que aqui estão, e quero dizer que o PMDB, com certeza...
Como médico, na presidência da Comissão de Saúde, recentemente tivemos aquela
luta grande lá no Postão da Cruzeiro, junto com a comunidade conseguimos
atingir um objetivo, pelo menos, razoável, depois de muitos anos. Acredito que
a comunidade, inclusive, esteja melhor atendida com as reformas que lá se
fizeram. E devemos dizer que o PMDB está junto com vocês, que essa Semana que
já vem se realizando, agora, com a oficialização por parte desta Câmara e do
Município, com certeza, vai tomar mais força, e todas as entidades envolvidas
também vão proporcionar um evento muito melhor e maior para a Região e para
toda a Porto Alegre. Vocês têm o nosso apoio integral. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Ervino Besson, o PLL nº 221/06. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 28 votos SIM. (Palmas.)
(Manifestações
nas galerias. As pessoas cantam o Hino Nacional.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Agradeço a participação de todos
e de todas nesta tarde, especialmente das crianças e dos adolescentes que
também tiveram a oportunidade de conhecer a Câmara Municipal. Quero aproveitar
também para convidá-los para a Audiência Pública que estaremos realizando na
Grande Cruzeiro, sábado, às 9h30min, no Centro de Saúde da Vila dos
Comerciários, para discutir o Plano Diretor. Convidamos todos os senhores e
senhoras para estarem lá conosco. Obrigada.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
3ª SESSÃO
PROC.
Nº 2287/05 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 008/05, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que altera a redação
do § 2º e inclui § 3.º no art. 91 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, que trata da
substituição do Prefeito no caso de impedimento do Presidente da Câmara
Municipal. Com Emendas nos 02 e 03. Subemenda nº 01 à Emenda nº
02.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver.
Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver.
Carlos Comassetto: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relatora Verª
Sofia Cavedon: pela rejeição do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver.
Carlos Todeschini: pela rejeição do Projeto;
-
da COSMAM. Relatora Verª
Mônica Leal: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- discussão
geral nos termos do art. 129 do regimento da CMPA;
- incluído na
Ordem do Dia em 25-09-06;
- discutiram a
matéria os Vereadores L.Braz, S.Melo, C.Maranhão, J.A.Dib, S.Cavedon,
A.Brasinha(cedeu p/E.Guimarães), M.Danéris e
M.Moraes(cedeu p/M.Danéries), em 06-07-08;
- adiada a
discussão por três Sessões;
- retirada
a Emenda nº 01.
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Em discussão, em 3ª Sessão, o
PELO nº 008/05.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB (Requerimento): Srª Presidenta,
solicito adiamento, por duas Sessões, da discussão do PELO nº 008/05. A razão é
que eu quero que a Procuradoria, que mandou um documento para esta Casa,
explique os números que aqui estão, já que a Procuradoria é responsável. Há
datas, aqui, que não coincidem com a realidade, e documentos que também não
coincidem com a realidade da Procuradoria. Então, eu gostaria de dar
oportunidade a meus Pares para que, por mais tempo, analisem as informações
trazidas aqui, de forma equivocada, pela Procuradoria-Geral do Município.
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Em votação o Requerimento de autoria
do Ver. João Antonio Dib, que solicita adiamento da discussão do PELO nº 008/05
por duas sessões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3801/07 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 058/07,
de autoria da Mesa Diretora, que cria, no âmbito da Câmara Municipal de Porto
Alegre, a Escola do Legislativo Julieta
Batistioli, determina seus objetivos, sua estrutura organizacional e a
elaboração de seu regimento e dá outras providências. Com Emendas nos
01, 02, 03 e 04.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Mário Fraga: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observação:
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 22-08-07.
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Em discussão o PR n° 058/07.
(Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.)
O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra para encaminhar a votação do PR nº 058/07.
O SR. JOÃO CARLOS
NEDEL: Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, esse Projeto foi gestado pela Mesa Diretora, em função de um
Congresso que a Diretora Legislativa participou em Brasília, sobre a
importância da formação de uma escola legislativa nesta Casa. Fomos debater em
reunião com a Mesa Diretora, e foi unanimidade a importância dessa escola. No
entanto, quando o Projeto começou a ser elaborado, ele apareceu com um nome, o
que não tinha sido combinado na reunião. Eu, então, coloquei uma Emenda dizendo
que o nome deveria ser “Escola do Legislativo Porto Alegre”, para não ter
nenhum nome que indicasse alguma tendência para essa Escola de Formação
Legislativa,
de orientação legislativa, porque eu me baseei nas escolas existentes. Por
exemplo, a Escola da OAB é Escola Superior de Advocacia; a Escola de Advocacia
Geral da União é Escola de Advocacia Geral da União; a Ajuris é Escola Superior
da Magistratura; do Ministério Público, Fundação Escola Superior do Ministério
Público; outra escola: Escola Superior de Advocacia Pública; outra escola:
Escola Superior de Direito Municipal; outra escola: Fundação Escola da
Magistratura do Trabalho.
Por que ter nome? Eu coloquei uma Emenda e estou
encaminhando, Ver. Dr. Goulart, que a Escola seja do Legislativo de Porto
Alegre e não tenha nome. Que seja do Município. Que não seja de um Partido, de
um nome, de uma fundação, de uma pessoa, de um Vereador, de uma Vereadora; que
tenha equilíbrio, que não tenha nenhum viés, que seja de Porto Alegre. Então, o
meu encaminhamento é para aprovação do Projeto e aprovação da Emenda nº 01,
colocando o nome Escola do Legislativo Porto Alegre.
(Não revisado
pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª
Margarete Moraes está com a palavra para encaminhar a votação do PR nº 058/07.
A SRA. MARGARETE MORAES: Srª Presidenta,
Verª Maria Celeste; Vereadoras e Vereadores desta Casa, público que nos assiste
no Canal 16, estamos vivendo uma revolução cultural, onde as mulheres estão
fazendo a sua parte, estão querendo participar deste mundo em igualdade de
condições, Ver.ª Maria Luiza. E nós sabemos que culturalmente isso ainda é
muito difícil, pela educação, pela tradição. Nós tivemos no século passado o
maior avanço nessa luta das mulheres, que eu acredito que não possa regredir.
Nós temos uma Presidenta mulher - a Verª Maria
Celeste -, três mulheres na Mesa: a Verª Neuza e a Verª Maristela Meneghetti.
Pela primeira vez uma Mesa composta em igualdade de gênero, são três mulheres,
três homens. Então nada mais justo que essa Escola, criada por essa Mesa, que
tem três mulheres, tenha o nome de uma mulher, que é um símbolo para esta Casa,
independentemente de Partido, Ver. Ismael Heinen. Ela era do
PCdoB, nós sabemos disso, não era do PT; nem existia o PT naquela época, ela
não era do nosso Partido.
A Verª Clênia Maranhão é do PPS, ideologicamente
nós somos adversárias, mas ela reconhece na Julieta Batistioli uma grande
mulher, a primeira mulher Vereadora desta Casa, tanto que ela está propondo o
nome de Julieta Batistioli para uma praça, na nossa Cidade, Ver. Nilo. Uma
praça, um espaço privilegiado, quando a gente consegue uma praça é porque a
pessoa merece. Depois de tantos anos de sua morte, pela contribuição que ela
deu para a nossa Cidade, independentemente de Partido, eu defendo que o nome
seja Julieta Batistioli como um símbolo para todas as mulheres que ousaram
concorrer a esta Casa, e que, em ousando concorrer, ainda chegaram aqui e deram
o seu recado.
Eu quero cumprimentar a Mesa Diretora na figura
das três Vereadoras que compõem a Mesa por terem tido essa idéia.
Quando o Presidente Lula esteve aqui - foi no
dia 24 de agosto -, ele fez uma homenagem a Getúlio Vargas - e quantas
críticas, no início do PT, nós tivemos a Getúlio Vargas, mas, depois de tanto
tempo, há um distanciamento histórico, e há um reconhecimento daquilo que ele
avançou e fez de bom, como foi o caso da CLT.
Então, nós temos que ter essa grandeza, um olhar
histórico, um olhar depois de outro tempo, e cumprimentar a Mesa por essa
iniciativa, por colocar o nome da primeira mulher, de quem, independendo de
Partido, todas as mulheres desta Casa têm orgulho. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª
Maristela Maffei está com a palavra para encaminhar a votação do PR n° 058/07.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidenta;
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores, encaminho
pela Bancada do PCdoB com a maior tranqüilidade e com a certeza da
responsabilidade desta Casa em fazer justiça à visibilidade da luta de todas as
mulheres, principalmente, Verª Maria Luiza, nós que somos mulheres e exercemos
um trabalho com o qual nos identificamos e pela dificuldade que é chegar até
aqui.
Nós sabemos que ideologicamente somos diferentes
- e assumimos isso -, mas construímos no dia-a-dia uma caminhada de luta pela
visibilidade.
Eu quero dizer, com a maior tranqüilidade e com
fraternidade, Ver. João Carlos Nedel, que, mesmo que esse nome fosse do seu
Partido, se ela fosse a primeira mulher Vereadora e tivesse o trabalho que a
Julieta Batistioli teve e que irradia até hoje para nós, no sentido da luta de
gênero, independente da confissão religiosa que tivesse, eu votaria a favor.
Porque esta Casa não é uma casa que cristaliza o preconceito; é uma casa aberta
para todos. E, com certeza, homens e mulheres desta Casa, com a
respeitabilidade pública e pelo que significa para o Brasil, vão irradiar esta
homenagem para onde a Julieta estiver. E, tenho certeza, com o voto favorável
do Ver. João Carlos Nedel a esta homenagem, que é para ela e para todos nós.
Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver.
Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação do PR nº 058/07.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta,
Verª Maria Celeste; meus caros Vereadores e Vereadoras, eu acho que a atual
Mesa Diretora tem tido boas atitudes. Mas, entre as boas atitudes, talvez este
seja o Projeto mais marcante da atual presidência, porque aqui está esculpido
aquilo que deve ser o caminho de um Legislativo.
A Assembléia Legislativa, há alguns anos, tinha
aquilo que se chamava Gabinete de Assessoramento Superior. Um Deputado tinha
uma idéia simples, consultava o Gabinete, que dizia:
“o caminho da roça é por aqui para você enquadrar essa idéia e transformar isso
em legislação”.
Quando, Verª Maristela Maffei, eu proponho a
Escola do Legislativo, estou dizendo que vou qualificar os servidores da Casa,
vou oportunizar aquilo que é fundamental para a gestão, mas vou
instrumentalizar para fazer com que o mandato de cada Vereador, a partir dessa
Escola, seja um mandato mais qualificado. Por isso, mais do que o nosso
entusiasmo, a certeza da decisão de fazer a Escola do Legislativo, que vai
conveniar, buscar com o Senado da República, buscar com a Câmara Federal,
buscar com outras entidades, com o Tribunal de Contas, com a Assembléia
Legislativa, experiências pelo Brasil afora para qualificar ainda mais a nossa
Casa do Povo. Portanto, acho absolutamente acertada a decisão da criação da
Escola do Legislativo, e olho para esse extraordinário Vereador, João Carlos
Nedel - nós todos aqui na Casa admiramos muito V. Exª -, V. Exª é um homem de
bem, mas penso que nessa questão pontual de nome... O que temos que olhar é o
conteúdo que está aqui, e a questão do nome, cá para nós, uma mulher lutadora,
no seu centenário... Não podemos reduzir essa discussão ao nome; pelo
contrário, ela merece esta e todas as outras homenagens que esta Casa e esta
Cidade possam fazer, porque ela representou um momento histórico de ser
comunista, de ser mulher, de enfrentar a discriminação. Penso que está correto,
a Escola teria que ter um nome. As salas das Comissões aqui têm nome, as
escolas da advocacia lá na minha OAB têm nome, do Instituto dos Advogados têm
nome, então aqui também têm que ter nome. Eu não vou discutir o mérito, acho
que o mérito é absolutamente acertado, absolutamente correto, portanto achamos,
com toda a certeza, Ver. Dib - V. Exª talvez seja o mais experimentado de todos
nós – que não basta dar um mandato a um político; há que dar condições para que
ele seja um bom legislador. E condições para um bom legislador não é fazer uma
tonelada de leis; é fazer leis boas, é fazer leis que
digam respeito à vida do povo! Por isso a Escola vai nos dar essa condição de,
logo ali na frente, esta Casa, através do seu Gabinete de Planejamento - aquilo
que eu chamo de Gabinete de Assessoramento - ter um procurador de qualidade,
ter um urbanista de qualidade, ter outros técnicos, sem vida partidária, mas
que possam atender à pluralidade da Casa e dizer: isso aqui está correto, isso
não está correto, isso eu tenho que corrigir.
Portanto, Presidenta,
cumprimentos a V. Exª, cumprimentos a toda a Mesa; vejo ali a Vice-Presidenta
Maristela Meneghetti, a Verª Neuza, estendo esses cumprimentos ao Ver. João
Carlos Nedel e ao Ver. Aldacir Oliboni, que são da Mesa, porque este é um
Projeto da Mesa Diretora e, acertadamente, nós estamos votando. E agora
o grande desafio não será mais a votação; será transformar essa votação, porque
a lei só tem uma razão quando ela produz transformação, quando ela tem a sua
aprovação e faz com que a Escola do Legislativo tenha uma Diretoria e tenha uma
política para poder qualificar ainda mais esta Casa.
Um abraço muito
fraterno, Presidenta, parabéns, e tenha a certeza de que o Ver. Nedel, que tem
grandeza, não vai discutir o assessório; o principal nisto aqui é o fundamento
da Escola. E acho que poderia ser qualquer outro nome.
Quero aqui finalizar
dizendo o seguinte: enquanto eu for Vereador desta Casa, eu nunca deixarei de
votar um Título de Cidadão de Porto Alegre, seja de direita, seja reacionário,
seja de esquerda ou de centro-esquerda, porque eu respeito a pluralidade da
Cidade. A Julieta pode não ter pensado como eu, como tu, mas ela merece o meu
respeito porque deu a sua contribuição a esta Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): O Ver. Alceu Brasinha está com a
palavra para encaminhar a votação do PR nº 058/07.
O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, venho a esta tribuna em nome da Bancada do PTB. A nossa Bancada vai
votar favorável a este Projeto, pois é muito importante essa Escola com o nome
da primeira Vereadora desta Casa Legislativa de Porto Alegre.
Então, Vereadora, V.
Exª está de parabéns pela escolha do nome da ex-Vereadora. E queremos dizer
mais uma vez que a Bancada do PTB vai votar favorável, porque, merecidamente,
foi muito bem escolhido o nome da primeira Vereadora da Cidade de Porto Alegre
- o que para nós é uma grande honra: Verª Julieta Batistioli. Muito obrigado,
senhores.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): O Ver. Márcio Bins Ely está com a
palavra para encaminhar a votação do PR nº 058/07.
O SR. MÁRCIO BINS
ELY: Excelentíssima Srª Verª Maria Celeste, na pessoa de
V. Exª quero cumprimentar todas as Vereadoras e Vereadores desta Casa, o
público que nos assiste nas galerias, pela TVCâmara, senhoras e senhores.
Venho, nesta tarde de hoje, encaminhar em nome da minha Bancada, do PDT, nesta
Casa composta pelos Vereadores Nereu D’Avila, Mario Fraga, Neuza Canabarro e
Márcio Bins Ely, o Projeto de Resolução nº 058/07. Inicialmente, quero me somar
a todos aqueles que me antecederam nesta tribuna e dizer que realmente essa é
uma importante iniciativa da Mesa Diretora. Quero-me congratular com aqueles
que integram a Mesa Diretora da Casa, Presidenta Verª Maria Celeste, Verª
Maristela Meneghetti, Verª Neuza Canabarro, Ver. João Carlos Nedel, Ver. Alceu
Brasinha, porque realmente nós sabemos que essa importante ferramenta, que
passa a constituir uma parte do Poder Legislativo Municipal, vem no sentido de
qualificar todos os servidores que por aqui passam, passaram ou passarão. Digo
isso por experiência própria, Ver. Mario Fraga, porque tive a possibilidade, em
algumas oportunidades, lá na Assembléia Legislativa - quando auxiliava a
Assessoria Técnica da Bancada do PDT, depois assessorando o Gabinete do Dep.
Vieira da Cunha, e, por fim, a Presidência da Assembléia -, de ter acesso a
muitos dos cursos oferecidos pela então constituída equipe que lá tem o nome de
Romildo Bolzan e aqui terá o nome de Julieta Batistioli.
Quero dizer que
realmente muitos são os convênios que se oportunizam a partir dessa importante
ferramenta, seja com o Senac, através dos cursos que proporciona. Eu digo isso
porque, hoje, aqui na Casa, posso dar um exemplo, Ver. Dr. Raul, temos aqui um
sistema de cadastros oferecido pela Casa, mas nós, ali no gabinete, utilizamos
o Acess, porque tivemos acesso a um
curso na escola da Assembléia Legislativa e até hoje ainda me utilizo dessa
ferramenta em função dos cursos e atualizações, tanto na questão que envolve o
português, a oratória, a assessoria legislativa, a qualificação daqueles que
têm o dever e a responsabilidade de assessorar as comissões, onde poderão ser
criados cursos de aperfeiçoamento, de qualificação, cursos de extensão, em
parceria com universidades – como bem foi mencionado aqui -, com a própria Casa
Legislativa Estadual, mas também com a Câmara, com o Senado. E quero dizer que,
realmente, esta é uma iniciativa muito importante e que bom que nós estamos
fazendo parte desta página da história da Casa, que constitui, concretiza e
realmente torna realidade uma ação que vai apropriar aos Vereadores e aos
servidores do Legislativo um elemento fundamental de qualificação, que é a
Escola deste Legislativo.
Também quero somar-me
aos Vereadores que nos antecederam e tiveram o entendimento de que a
qualificação, ou o nome que terá a Escola, realmente, vem em segunda
importância, mas também tem uma relevância. Mas, quero dizer que, realmente,
para nós, o mais importante, neste momento, é este ato da criação da Escola.
Então, vamos encaminhar no sentido de que seja
aprovado, para que, esta, que foi a primeira Vereadora, mulher, da Capital dos
gaúchos... Queremos nos somar e entendemos que vamos, sim, apoiar e aprovar
este Projeto de Lei que dá este nome à nossa escola, Escola da Câmara
Municipal.
Quero dizer que, fundamentalmente, temos a
certeza de que muitas das pessoas que terão a oportunidade de fazer cursos -
sejam eles na área legislativa, na área da informática, na área de atualização
de todas essas ferramentas que estão disponíveis na Internet, de todos esses
programas das mais diversas empresas que oferecem serviços na área de informática -, terão, agora, através dessa Escola - que tenho certeza de
que proporcionará, sem ônus para os seus servidores e para aqueles que, por
ventura, detiverem cargos de confiança ou cargos em comissão, eu utilizaria a
expressão upgrade - uma qualidade ainda maior. Nós sabemos que os nossos
servidores já estão em um nível muito bom, mas tenho certeza de que ainda temos
muito a nos aperfeiçoar. Nos últimos 20 anos, ainda era utilizada a
datilografia, a qual eu fiz o curso, nas máquinas de escrever. Quem diria que,
hoje, as pessoas não conseguiriam nem dar andamento nos processos sem um
computador!
Então, eu acho que a
velocidade da informática, a velocidade das atualizações nos impõem um ritmo de
atualização. E nós encontramos, na Escola do Legislativo, essa ferramenta que
trará a oportunidade da atualização, em tempo real.
Cumprimento, mais uma
vez, a Mesa, finalizando o encaminhamento pela minha Bancada, no sentido favorável
da aprovação do Projeto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para
encaminhar a votação do PR nº 058/07.
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO: Srª
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, nós estamos
discutindo, nesta Casa, um importante Projeto de Resolução, que é exatamente
referente à questão da produção do conhecimento, da atualização e da
capacitação do nosso Legislativo.
Nós sabemos que o Poder Legislativo tem sobre
ele uma enorme responsabilidade não apenas de representatividade dos interesses
da nossa comunidade, mas nós temos funções técnicas extremamente importantes,
como a análise da Peça Orçamentária do Município. Nós temos uma função
fiscalizadora e para desenvolvermos essa função é preciso um conhecimento não
apenas da problemática da Cidade, mas, também, um conhecimento técnico das
legislações existentes e da sua aplicação em nível do poder local.
Quando eu vi esse Projeto pela primeira vez, eu
fiquei pensando o quanto o ativismo cotidiano de um Parlamento é, às vezes,
prejudicial ao nosso desempenho, porque, até hoje, a nossa Casa Legislativa não
tinha, ainda, se dedicado à implantação de uma escola do Legislativo. E quero
reconhecer, neste momento, que a Câmara Municipal de Porto Alegre é
estadualmente e nacionalmente reconhecida como uma Câmara qualificada; não
apenas tecnicamente qualificada, mas é um Parlamento que foi pioneiro em várias
decisões que têm sido, hoje, instituídas, em outros Parlamentos, no campo da
transparência, da descentralização dos poderes, inclusive dos poderes internos,
e de uma modernização dos sistemas administrativos da Casa. Porém, uma escola
do Legislativo nos estimula a refletirmos sobre os conceitos que devem ser os
nortes de uma ação parlamentar, nos estimula a repensar o papel do Parlamento,
no século XXI, em que a tecnologia, a ciência tiveram avanços muito
significativos, mas, infelizmente, os frutos desse conhecimento têm estado
absolutamente distantes da vida, do cotidiano das pessoas que habitam os nossos
Municípios.
Eu tenho como orgulho da minha história política
ser fundadora da CGLU, que é uma entidade internacional, que nós chamamos de
“ONU das cidades”. É uma entidade que congrega as autoridades dos poderes locais
na busca de soluções de inclusão social, de desenvolvimento humano, de
desenvolvimento do capital social dos nossos Municípios. Se nós não tivermos o
espaço de capacitação para esse tipo de reflexão, as nossas atuações serão
muito mais premidas pelas demandas que nos chegam com urgência do que em
relação às formulações estratégicas da construção de um futuro mais igualitário
e mais justo.
Concluo a minha intervenção a respeito da
polêmica introduzida sobre o nome da nossa escola. Eu acho que Julieta Batistioli
é um grande nome para essa escola, porque eu acho que ela reflete uma idéia
extremamente interessante quando se trata de conhecimento, porque a tendência
nossa, que passamos pelos bancos das universidades, é acharmos que o
conhecimento formal e acadêmico é o único conhecimento verdadeiro. E uma mulher
como a Julieta Batistioli, que era uma operária de uma fábrica de tecelagem,
que foi capaz de romper as barreiras do poder, que no Brasil, ainda hoje é
extremamente patriarcal e masculino, esta mulher, seguramente, era detentora de
um saber, de um conhecimento adquirido na escola mais importante pela qual
qualquer ser humano passa, que é a escola da vida, da prática, da construção da
sua história individual. Então, acho que nós estamos de parabéns por podermos
votar a Escola do Legislativo na tarde de hoje e acho que a escolha do nome da
Julieta reflete um tipo de conceito, que é a valorização de um conhecimento que
se origina de quem enfrenta a dificuldade, a adversidade, numa condição de
mulher pobre e militante política.
E, por último, acho que nenhum nome corresponde
à totalidade do pensamento de um Parlamento, porque o Parlamento é isto: a
representação da diversidade. O que cabe a nós, como Parlamentares, é o
respeito a essa diversidade, é o respeito a essa pluralidade, e eu acho que uma
pessoa que construiu história neste Estado, em condições tão adversas como a
Vereadora Julieta Batistioli, é um estímulo e um exemplo para todos nós, homens
e mulheres, mas é, fundamentalmente, um estímulo às mulheres que ainda têm de
romper as barreiras da discriminação e do preconceito para ocupar os espaços de
empoderamento.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para encaminhar a votação do PR nº 058/07.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Srª Presidenta desta Casa, Verª Maria Celeste; nobres Vereadoras e Vereadores,
o Projeto é lindo, maravilhoso, de uma necessidade que todos nós percebemos de
criar a Escola do Legislativo na Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
Testemunha este Vereador de primeiro mandato, que aqui chegou inopinadamente,
há quatro anos não pensava sequer em ser político e, de repente, amanheci
Vereador e senti a dificuldade de me acomodar a esta Casa, de entender esta
Casa e vi que, mesmo estudando as teorias, a prática se transforma bem
diferente. Então, eu acho a Escola de uma utilidade valiosa para nós,
Vereadores, para os futuros Vereadores, porque todos nós continuamos, acredito, seja com a função que for, como diz o poeta Nelson Fachinelli: “Sempre
somos aprendizes da vida”.
Agora, criou-se uma
pequena polêmica a respeito do nome da Escola Legislativa. Em parte, eu
entendo, Ver. Sebastião Melo, a preocupação do Ver. João Carlos Nedel, porque,
num País democrático, a pluralidade de idéias teria que ser na escola política.
Em tempos idos, como pai de filhos em escolas públicas, eu me revoltava muito
quando chegavam cartilhas querendo fazer a cabeça política dos meus filhos,
criando debates dentro da família, imiscuindo-se na verdadeira democracia deste
País. Quero acreditar piamente que este nome é merecedor do nome da Escola.
Jamais me passaria pela cabeça, Srª Presidenta, que este nome tenha sido usado
justamente para que houvesse esse debate de provocação política. Isso diminuiria
e muito a criação desta Escola. Eu acredito que tenha sido escolhido pelos
méritos, como também foi falado - e vejo sempre falar -, porque nós temos três
mulheres na Mesa Diretora. Acho que não é esse o mérito. O mérito seria igual,
mesmo que não tivéssemos três, ou tivéssemos só duas, ou nenhuma; o mérito, a
capacidade, a representatividade da mulher não ocorrem pela presença física;
mas pelo trabalho dela, estando na Mesa ou não. Mas vou votar a favor do
Projeto e a favor também do nome da primeira Verª Julieta Batistioli pensando e
acreditando firmemente que isso não tenha sido usado para fins de provocação
política. Esse é o registro que quero deixar. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisado pelo
orador.)
Em votação nominal, solicitada
pelo Ver. João Carlos Nedel, autor, a Emenda n° 01 ao PR n° 058/07. (Pausa.)
O Ver. João Antonio Dib solicita a leitura da
Emenda (Lê.): “Emenda n° 01 - Altera-se a redação do art. 1° do Projeto de
Resolução, conforme segue: art. 1º - Fica criada, no âmbito da Câmara Municipal
de Porto Alegre, a Escola do Legislativo de Porto Alegre. Altera-se a redação
do caput do art. 2° do Projeto de Resolução nº 058/07, conforme segue:
art. 2° - A Escola do Legislativo de Porto Alegre tem como objetivos...”. Essa
é a redação da Emenda n.° 01, retirando o nome colocado pelo Projeto
originalmente.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Presidenta, eu
gostaria de saber: votando “sim”, o que acontece com o nome Julieta Batistioli,
aqui?
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Ele é
retirado. A Emenda justamente trata dessa matéria, ela retira o nome Julieta
Batistioli do nome da Escola do Legislativo.
Proclamo o resultado da votação da Emenda nº 01
ao PR nº 058/07. REJEITADA por 6 votos SIM; 23 votos NÃO.
A Emenda nº 02 é um ajuste de redação (Lê.): “O Regimento e o Projeto Político Pedagógico da Escola do
Legislativo serão elaborados pelo seu Conselho Escolar, em, respectivamente, 30
(trinta) e 60 (sessenta) dias, a contar da publicação desta Resolução e, após,
serão submetidos à aprovação da Mesa Diretora da Câmara Municipal”. Essa Emenda
é de autoria da Mesa Diretora.
Em votação a
Emenda nº 02 ao PR nº 058/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
A Emenda de nº 03, para informar ao Plenário, é um ajuste. Acrescenta a
realização de cursos de capacitação técnica, cursos preferencialmente de
formação acadêmica ou pós-acadêmica. Essa também é uma Emenda de autoria da
Mesa Diretora desta Casa.
Em votação a
Emenda nº 03 ao PR nº 058/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
A Emenda nº 04 acresce também ao art. 7º um setor
da Casa na coordenação dos trabalhos (Lê.): “III - pelo Coordenador do Memorial
da Câmara Municipal de Porto Alegre”. Esta também é uma Emenda de autoria da
Mesa Diretora.
Em votação a
Emenda nº 04, de autoria da Mesa Diretora, ao PR nº 058/07. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº
1369/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 035/07, de autoria do
Ver. Alceu Brasinha, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre
ao Empresário Cláudio Oderich.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º,
V, da LOM;
- votação
nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 23-08-07.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o
PLL nº 035/07. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 27 votos SIM, pela unanimidade dos Vereadores presentes.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 2981/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 095/07, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor José Osvaldo
da Silva Salada.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Valdir Caetano: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º,
V, da LOM;
- votação
nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 29-08-07.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLL nº 095/07. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 24 votos SIM.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
REQ. Nº
101/07 – (Proc. Nº 6083/07 – Ver. Newton Braga Rosa) – requer a realização de
Sessão Solene no dia 09 de outubro de 2007, às 17 horas, destinada a assinalar
o transcurso da Semana Municipal de Ciência e Tecnologia de Porto Alegre e da
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. (incluído em 27-08-07)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o
Requerimento nº 101/07, de autoria do Ver. Newton Braga Rosa. (Pausa.) O Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação nominal, solicitada
pelo Ver. Adeli Sell, a prorrogação da
Sessão por mais duas horas. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Registro a
presença de dois Vereadores, portanto, não há quórum para prosseguirmos e
prorrogarmos a presente Sessão.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 18h51min.)
* * * * *